Violência contra a mulher, contra o feminino...

SER MULHER


Em dias que empreendemos uma campanha de conscientização sobre a violência contra a mulher,
penso ainda na violência psicológica, aquela cujas marcas e feridas não são aparentes.
Penso na violência contra os sonhos, contra o romantismo, contra as promessas.

Penso na violência contra as melhores expectativas, contra os projetos, penso nas demissões, nos divórcios, no desrespeito ao que é doce, sensível, secreto numa mulher.



Penso no escárnio, no desprezo, na objetividade em detrimento da subjetividade. Muitos já disseram que os homens estão sem voz e sem lugar, que as mulheres tomaram a frente das famílias...
Sim, mas empreendendo um papel positivo, masculino e muito prático. Parece-me que o que realmente esta faltando em nossa sociedade são aquelas características doces e construtoras de sensibilidade que específicamente representavam a mulher.


Penso em quanto a vulnerabilidade, a doçura e a feminilidade têm estado sem lugar, amordaçadas... Quanto tem sido forçoso lutar, superar, vencer e sobreviver a despeito da aspiração, da sensibilidade, da vocação!

O amor, a alma e a doçura ficam sem função e sem representante, na sociedade capitalista, altamente produtiva e objetiva, deixando grassar o vazio e o medo. Paradoxalmente o terreno fica fértil para a disseminação de mais violência.

Que nesses dias onde os fatos mais violentos são trazidos à nossa memória, homens e mulheres façamos um questionamento a respeito da falta que está fazendo em nós um
verdadeiro (ou antigo) perfil de mulher.


Em que momento todos perdemos (ou vendemos) a ternura?

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA...BRANCA... MULTICOR!!!



Até quando teremos congressos e convenções para defender o direito dos "Negros"?
Porque continuamos a entender que pessoas têm cor? Pessoas têm sonhos, deveres e direitos, sim, mas como pessoas, não por serem negras ou brancas ou amarelas. Pessoas têm comportamentos, desejos e atitudes e deveriam ser reconhecidas e tratadas a partir destas características!





Ser negro ou vermelho não deveria ser motivo de mobilização! É claro que muitas pessoas estão se reunindo em movimentos pró negros para avaliar e minimizar o fenômeno racista e hostil que coloca pessoas contra pessoas em razão da cor negra.
Porém do que não devemos descuidar é de que formar tribos, clubes e nichos pode ser uma faca de dois gumes e intensificar uma diferença que deveria ser minimizada, conduzida com cuidado ao desisteresse, pois ser apenas negro ou branco ou cinza não faz de nós homens e mulheres dignos de respeito e de valor.

O de que mais precisamos é de integrar todas as cores, formar um painel onde cada cor é importante, sim porém para dar a graça e a presença singular do ser humano, para fazer parte de um todo multicor, apaixonado e vivente, não segregado, não segregando, não rotulando.
Toda inclusão passa primeiro pela exclusão: Para que eu o ajude a ser incluído primeiro preciso julgá-lo, condená-lo e rotulá-lo. Só então, depois de atribuída a identificação (se eu te classifiquei como pobre, miserável, inculto, ou seja lá qual foi a categoria escolhida, então sim estou pronta para ajudá-lo a deixar de ser a droga que você é...). Sempre erramos quando queremos ajudar o outro a não ser.





Quando vamos ter o dia da consciência M U L T I C O R????