h u m a n o . . .: Uma vida pra viver

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Promessas...


Prometo, às vezes, me deixar em paz;
Prometo, um dia, ser útil para alguém ;
Prometo me divertir!
E viajar para bem longe ,uma vez na vida...
Prometo dormir com música clássica.
Prometo, todo dia, olhar o céu!
E comer fruta e beber água.
Prometo de vez em quando lavar a louça...
E visitar os amigos e familiares!
Prometo às vezes cozinhar, cuidar do jardim, escrever meus devaneios...
Prometo ser eu mesma, não sentir culpa, nem me arrepender...
Prometo emagrecer, malhar ... e de vez em quando rir!!
Prometo, às vezes, esquecer!
Prometo de vez em quando viver, de vez em quando ingerir veneno...
Prometo não prender o choro, nem o grito!
Prometo de vez em quando dormir...
E prometo ter misericórdia;
Prometo tentar...
Prometo ser humano!
E prometo, todo ano:
PROMETER!!!

Uma vida pra viver

 Se eu pudesse eu viveria num lugar assim: simples, perto de uma montanha, com muitos pássaros ao redor.
Se me fosse dado escolher eu teria filhos que fossem meus amigos, companheiros e que compartilhassem dos meus sonhos e desejos!
Se minha morada pudesse ter um bom quintal, com um mensageiro dos ventos e onde uma azaléia abarrotada de flores vivesse brigando com um pé de acerola pelo espaço lateral da garagem!



Ah! Se eu pudesse viver aqui! Onde as tardes frescas de primavera orquestram o ritmo do vento nas folhas das frutíferas, no fundo do quintal, até que o pôr do sol chegue e derrame seu dourado sobre tudo!
Onde o pão fresco é servido à mesa enquanto o croc croc da cafeteira vai lançando um cheiro de casa no ar!
Ah se eu pudesse viver assim! Onde o medo de não alcançar o sucesso-na-vida não cegasse a abastada pessoa que já recebeu o sublime dom de Existir!
Ah uma casa simples, com vasos na janela, numa rua qualquer, com o som dos meninos correndo, uma poltrona, chinelos, um café!
Onde um silêncio, por vez e outra, entra e se esparrama fazendo uma maré de sossego, inundando as coisas, trazendo a doce lembrança do Sagrado Incorruptível que jaz sob todos e quaisquer tempos!
Ah se ainda desse tempo, se eu pudesse, se me fosse dado por pura sorte...
Eu esqueceria meus mega-projetos, minhas auto-imposições, esqueceria minhas metas e obrigações... e até.. minhas piores dores e medos... tudo eu daria...
se eu pudesse... escolheria a minha própria vida pra viver!!!
Mas qual! Passou o meu tempo de ser simples! A arrogância de criar a minha vida, de me tornar em “algo melhor” me tomou, me levou de mim...
O desejo de me reinventar me seduziu, me alcançou... sigo agora em busca da resposta, da revelação, da decodificação...



Mas um dia, quem sabe um dia... eu consiga desvendar o mistério e descobrir que a minha fortuna inabalável reside numa casa qualquer de um bairro simples, numa tarde quieta de primavera, na horinha de passar o café!!!

Café com Leite

Vejo o pôr do sol! Está diante de mim. Um pouco abaixo dessa varanda da padaria. Meus olhos estão cheios de luz, mas não se ofuscam. Já é luz morredoura.

O café com leite está a meio gosto: nem gôsto de café nem gôsto de leite; como já pedia meu pai.
Está calor mas não está insuportável. O dia finda. Ouço o sino da igreja tocando. Essa música Ave-Maria é tão calmante!
Foi um longo e intenso dia de trabalho. O pão tão fresco recém-assado renova minhas forças. Sigo para a faculdade.
Esse momento sem sustos ou medos seria um recorte do real?
Exceção ou normal? Gostaria de dizer: _"Obrigada"!
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créditos da imagem: http://www.google.com/imgres? acesso em 11/11/2012

Licença para Envelhecer

Velha Sábia, firme lúcida e decidida. Mantenedora da centralidade, a que sabe, a que ensina, a conselheira... Cadê?


Mas o que é feito das velhas, das madonas, das matronas? Cabelos brancos, sorriso nobre. Onde está a sabedoria, a segurança e a serenidade da minha geração, onde está minha vó? Achou de morrer tão cedo e me deixar aqui sem, modelo pra envelhecer. 
Eu não sei envelhecer alguém pode me ensinar? Alguém pode me ensinar a arrastar os chinelos, a rezar criança e a cozinhar um xarope pra gripe?
Porque as mulheres da minha geração estão em guerra contra o envelhecimento. Precisamos frequentar a academia, pintar os cabelos e os olhos. Temos que gastar todo o nosso dinheiro com as mirabolancias do comércio de disfarces. É proibido ser velha! Aff! Agora que chegou o meu dia de envelhecer tenho que me disfarçar em jovem.

E o jeito dos cabelos e as roupas e a nova vitamina e o mais novo extrato vegetal são os guardiãos da juventude a qualquer custo!
Queria plantar um jardim, costurar, fazer tricot, rezar. Mas isso é pura perda de tempo! 
Mas que tempo sem velho é esse? Chamar alguém de velho é xingar! Putz! Mas todo mundo um dia, se sobrevive, fica velho, bom, experiente. Sabe muito? Não!  Não?
Não, porque o conhecimento se tornou volátil. A cada minuto que passa o que era nutritivo se torna venenoso e de novo nutritivo (exemplos carne vermelha e gema de ovo) e assim vai. 
Vemos um intenso culto ao jovem, iniciante, à novidade e a velocidade. O tempo aliado à novidade fazem tudo perecer, perder a validade...



Ganhamos conhecimentos e jogamos fora trocamos por novos, como o fazemos com as roupas, os carros, e...
com as pessoas. 

A FORÇA DE UM SÍMBOLO



O símbolo tem a natureza dúplice de participar do mundo real e do mundo fantasmático.

Entre os milhares de significados e sentidos que são atribuídos ao fogo – esse velho conhecido do homem – podemos destacar a individuação, ou seja, a capacidade de se tornar indivíduo, de existir enquanto criatura criadora, participatuante na geração/consumação de vida e de desejos.



Saber lidar com o próprio fogo é uma das lições preciosas que devemos aprender ao longo de nossa jornada. Saber dosá-lo, quando atiçar, quando abrandar, quando afastá-lo e quando se aproximar dele.

Reverência e devoção são necessárias. É preciso acender, manter aceso, controlar. Há o perigo. Há o medo. Há a possibilidade de tudo se incendiar, se acabar. Mas se você não for lá, não atear, não acender então há o perigo da inércia, da omissão, da indigência.

Nosso fogo não pode apagar e não pode incendiar, com o tempo percebemos que em algumas épocas precisamos revolver e assoprar e em outras abafar um pouco.

Nosso fogo é nosso fôlego, élan, marca, história, herança. Certeza de estarmos vivos. Nosso céu e nosso inferno. Com ele começamos, sem ele findamos.

Minhas velas-ao-redor me lembram da severidade e da responsabilidade existenciais. Iluminam o perigoso caminho da omissão, chamando minha presença, decisão, escolhas. São um sinal de que ainda existem caminhos de vida pura para percorrer, que ainda uma vez, e outra vez, é preciso engravidar, se apaixonar, ferver, apostar e mais e mais viver.

Ainda gostar, ainda conhecer, ainda encontrar, não descuidar, nunca esquecer.

Obrigada, André Silva, por me ajudar a interpretar.

SOU FRÁGIL


Ela está em mim e eu estou nela,
a minha fragilidade está  intacta, jamais consigo arranhá-la
porque é existencial, estrutural, não conquistada,
vivida, vívida
tenho medo dela mas ela me defende, e em tudo sou frágil,
nas decisões sobre o que sou, sobre o que eu devo ser,
nos encontros, nas certezas, nas escolhas.
Mas no que sou mais frágil é na minha capacidade de exigir, no meu orgulho, na minha indignação...
porque é uma indignação tão frágil, que não muda nada, não  muda o mundo, não me muda,
só me faz mais frágil pelo que percebo que deveria tecer, dizer, construir e não ajo...
mas ela me constitui, me protege de não-ser
me livra de atacar, de matar, de fugir, de mudar,
se me encho de coragem, é contra e em reação ao meu avesso frágil,
então, na minha âncora-fragilidade, fico, existo, resisto, persisto, sobrevivo

frágil, respiro
frágil dirijo,
frágil trabalho,
frágil lavo os lençóis,
frágil cozinho, frágil  continuo, não paro, ando
frágil compro tudo o de que não preciso e o que preciso e  vivo
frágil sonho com um mundo melhor,
frágil desejo um futuro brilhante,
frágil me dispo da fé,
frágil me ponho de pé
e outro dia, vivo, emerjo
venço a rotina, desejo
sinto compaixão, e anseio
por mais uma vez, e ainda,
ser,
 se não o fora de outra maneira,
aquilo que mais temo ser:
sou  frágil.

Pobreza agora é crime!

Pobreza agora é crime!








Uma mulher de 74 anos ficou presa por mais de 30 horas por atrasar o pagamento da pensão alimentícia dos netos. O caso aconteceu em Vianópolis, município de 12.548 habitantes, a 95 km de Goiânia. Comovidos, os moradores da cidade se uniram, pagaram o valor da pensão atrasada e Luzia foi solta no fim da tarde de quarta-feira (29).

Além da idade avançada, Luzia tem problemas de saúde como hipertensão e labirintite. “Eu ganho só R$ 272. Então, tomo remédio controlado e seis remédios diferentes. Não estou podendo comprar nem os meus remédios agora. Não estou em condições de pagar a pensão”, explica.
Ai vozinha, Deus te perdoe, te abençõe e te recompense por tudo aquilo que a pátria que te 
pariu e a teus filhos e aos filhos dos teus filhos te negou, te privou, te culpou, bateu o 
mar!telo, e te condenou! 
Santa inquisição capitalista selvagem!!! Cadeia para os famintos!!!


ULTRA TURBO SEMPRE FRONTEIRA INFINITO JUNTO VIDA BAHH!!!




Tô pensando na fidelidade com que todas as operadoras de serviços-mil nos fisgam e manipulam. Ditam nossas necessidades, fornecem o serviço que acham suficiente, criam as condições, enchem nossa mente com os senões, excessões, validades, limites, bônus, créditos, e o drible é inevitável para o pobre consumidor ocupado em trabalhar para poder custear o serviço que não sobra tempo para estudar, internalizar e depois de aprender tudo, atualizar; pois a regra vai mudando conforme o usuário vai aprendendo a tirar algum proveito das tão decantadas vantagens...
as cartilhas e contratos extensos são a garantia que você vai calcular mal em algum momento, então você paga uma grana porque você não leu as condições... aí você fica um pouco mais esperto, mas atrás de você tem outros milhares que também vão errar"... - e pagar pelo seu erro!
Por que precisamos de tantas mentiras? Porque os sentimentos de satisfação, alegria, prazer, diversão, felicidade, segurança, bem estar, amor, amizade,  viraram ítens da prateleira das operadoras do consumismo insano que vai contagiando a muitos e enriquecendo a alguns...?
Seria mais fácil (cômodo) comprar coisas com esses rótulos do que que viver e experimentar as verdadeiras sensações e relações?

A arrumação não pode parar...

Nunca este humano esteve tão flagrantemente humano, as cores, fontes, gadgets, misturadas... design novo e links antigos... ai ai parece que um temporal passou por aqui... mas calma que já estou trabalhando na recuperação da boa e velha ordem rs

Sobre a Psico-higiene Resenha

O mestre Bleger me surpreende com o texto: O psicólogo clínico e a higiene mental.


A princípio ele nos mostra e exemplifica com o caso da medicina que se ateem por atuar nas emergências, ou seja quando o sujeito já adoeceu e necessita de cuidados urgentes que não teriam a necessidade de aparecer caso tivesse sido feita uma medicina preventiva de forma correta. Porém isso é um paradigma de toda a profissão que nasce desde o primeiro dia de aula universitário, uma medicina fundamentalmente assistencial. Ou seja espera-se que a pessoa adoeça para, então, cura-lá, em lugar de evitar que a doença se instale já que somos capazes disto. Promover um melhor nível da saúde. E em meio a infinitude de áreas de atuação do psicólogo clínico; mas se este está voltado para os problemas da psicologia da saúde ele tem de se situar no até agora pouco definido campo da higiene mental, e a medida que o vá fazendo o campo irá se configurando mais clara e nitidamente. Obviamente que o psicólogo clínico esteja devidamente preparado e instruído nesta prática. A função social do psicólogo clínico não deve se limitar a terapia individual e sim a saúde pública e, dentro dela, a higiene mental. Não é coerente esperar que a pessoa adoeça para poder intervir. Estas são verdades que não se põem teoricamente em dúvida, mas que não se fazem ainda práticas na dimensão necessária.
Higiene mental e psico-higiene
Quando abordamos tal problemática temos notado que o psicólogo se faz professor, e vem a lecionar para grupos aulas basicamente de psicologia, psicopatologia, psicologia evolutiva e psiquiatria. E conhecer os assuntos não é conhecer a higiene mental ainda que esta ultima se pressuponha os primeiros. Podendo ser considerado em suma como o fundamental para a prática é a administração dos conhecimentos, atividades técnicas e recursos psicológicos que já foram adquiridos para lidar com os fenômenos sociais e coletivos. É desejável uma mudança na atitude do estudante de psicologia e do profissional, levando seu interesse fundamental desde o campo da doença e da terapia até o da saúde da comunidade.
O objetivo mais recente da higiene mental não mais é a doença ou à sua profilaxia e sim a promoção de um maior equilíbrio, de um melhor nível de saúde na população. Ou seja tira-se o foco da doença ou ausência da mesma, e sim o desenvolvimento pleno dos indivíduos e da comunidade total. E essa é a grande questão de nossa discussão o psicólogo clínico ocupa um lugar em toda a equipe da saúde pública, em qualquer e em todos os objetivos da higiene mental nos quais tem funções específicas a cumprir (as da psico-higiene).
Devemos é claro estudar e ficar prevenidos a atitudes e aos preconceitos dos outros profissionais e até mesmo de outros psicólogos frente a psico-higiene. Não dando margem para que possa ser vista a psicologia clínica como impotente nem tão pouco como onipotente. O profissional deve agir em sua condição inseparável de ser humano: um não deve absorver nem anular o outro. (isso me remete drasticamente o conceito e a atuação e postura de vida do Gestalt-terapeuta).
O relatório n. 31 da OMS de dezembro de 1952 diz que “a higiene mental consiste nas atividades e técnicas que promovem e mantêm a saúde mental.” Porém quando algums situam o psicólogo clínico como auxiliar da medicina é porque não se entendeu a função e extensão da psico-higiene, reduzindo a à terapia das neuroses e psicoses. O psicólogo clínico opera na realidade com esquemas conceituais e com técnicas que corresponde mais ao campo da aprendizagem ao que da clínica. (o que eu pessoalmente posso discordar tratando-se da psicologia clínica, já na psico-higiene é totalmente aceitável)
Nos elege também questões que vão nos acompanhar a longo prazo como, com a psico-higiene onde intervir? Sobre quem ou quê? Como? Com quê? E tendo isso é paradigma do psicólogo clínico abrir seu consultório e esperar que as pessoas adoeçam , e isto é o que não se deve fazer pensando em uma atividade racional e frutífera.
O psicólogo clínico deve sair em busca do seu “cliente”: a pessoa no curso do seu trabalho cotidiano. E isto abre uma perspectiva ampla para a saúde da população e uma fonte profunda de satisfação para o profissional.



Como profissional da instituição o mesmo deve analisar investigar e tratar, pois é seu primeiro cliente. O psicólogo é um especialista em tensões da relação ou comunicação humana e é seu material de trabalho. Facilmente dedutível o psicólogo intervém em tudo perante as relações humanas em suas manifestações. Toca também assumir um papel de todos os processos: terapêutica, profilaxia, reabilitação e diagnóstico precoce. Nos atendo mais a promoção da saúde pois é visto como o caminho ideal. Devendo atentamente o psicólogo clínico se precaver contra uma conduta que possa ser não tão bem compreendida, como estados de mania, atitudes paranóides ou hipocondríacas na população.
Pessoalmente o texto magnífico, me fez sentir como se estivesse reafirmando uma postura que consigo observar ao meu redor, não somente na instituição, mas em qualquer ambiente grupal. Pois assim que se sabe a carreira da ‘pessoa’ psicólogo clínico, ele tem seu poder revelado, e assim lhe é permitido e autorizado internamente pelas pessoas, o que facilita e da margem para uma aplicação preventiva e em prol de uma promoção de saúde coletiva.

Metafísica da Saúde - o quanto nossas emoções afetam a nossa saúde e o nosso bem-estar. (Por Bianca Fonseca)


Doenças - Seu Corpo Envia Sinais

A dor de garganta aparece quando não é possível comunicar as aflições e frustrações. Não engula desaforos, mágoas, reclamações. Saiba ter voz, seja uma pessoa assertiva, não precisa brigar! Aprenda a se comunicar e expressar seus pensamentos de maneira clara e objetiva, sem perder a paciência. Se você viver guardando seus sentimentos e pensamentos, uma hora, uma das duas coisas ocorre: pode ocorrer um problema sério na região da boca e garganta (saúde) ou você estoura e diz de uma vez só, tudo o que pensa, com raiva e ressentimentos e acaba magoando todos ao redor. Procure não acumular fatos. Assim que ocorrer algo que te desagrade, você pode chamar a pessoa que o magoou e dizer: eu admiro esta característica sua. Comece sempre com algo positivo daquela pessoa. E quando for “reclamar”, reclame de um fato, de uma atitude, não da pessoa. Diga: Não gostei quando você fez isso, pois me senti assim...  Um bom líder sabe se comunicar. Elogia pessoas em público e crítica fatos em particular.

 O resfriado escorre quando o corpo não chora. Chorar alivia, então chore sempre que sentir vontade. No passado, a pior crença repassada por nossos antepassados era: homem de verdade não chora. Então muitos homens guardaram tão profundamente suas dores e sofrimentos que acabaram cedo com sua saúde e morreram antes do tempo. Precisamos tirar um momento para rir, chorar, brincar, viajar, fazer exercícios físicos, dançar, curtir a vida. Equilíbrio! E lembre-se: chorar de vez em quando, é natural, faz bem e só mostra que você tem sensibilidade e não tem medo de mostrar suas emoções.

O estômago arde quando as raivas não conseguem sair, quando algo acontece e você não aceita, não consegue digerir o fato. Ache uma válvula de escape, grite, dê soco no travesseiro, escreva tudo num papel e queime, pratique um esporte, lute boxe, ache uma maneira de extravasar as emoções, faça terapia. E se possível, elimine as pessoas “nocivas” na sua vida.

O diabetes invade quando a solidão dói. Mas estar sozinho é sempre uma escolha, então se abra para o mundo. Não espere receber amor primeiro, aprenda a dar e receberá de volta. Se todos pararem e esperarem o outro dar o primeiro passo, não haverá mais amor no mundo.
O corpo engorda quando a insatisfação com o mundo aperta. Aprenda a aceitar as coisas como elas são. Não seja exigente demais com você, nem com o mundo. Relaxe! Deixe a ansiedade desaparecer... O mundo é perfeito exatamente como é. E se sua frustração refere-se a resultados obtidos, saiba que você pode estar bem mais próximo(a) dos seus sonhos do que imagina. Tenha paciência, nada é impossível e o amanhã pode ser bem melhor, dê mais uma chance para você e seus sonhos. Antes de comer algo, pergunte-se: estou com fome de que? Se não for uma fome física e sim algo emocional/espiritual, não tente resolver com a comida. Coma o que desejar, mas apenas quando estiver com fome e esteja presente quando mastigar – foque no agora. Ao invés de engolir desesperadamente na frente da TV, sem sentir o gosto da comida, saboreie cada mordida, sinta o sabor, cheire, feche os olhos, sinta a textura dos alimentos na sua boca e tenha gratidão a ele. Se você conseguir fazer isso, seu metabolismo funcionará perfeitamente e tudo que não for necessário, seu corpo expelirá.
A dor de cabeça aparece quando as duvidas aumentam e aparecem as críticas. Surge um desconforto como se você estivesse vivendo um problema sem saída. Relaxe, ore, medite, converse com alguém, peça ajuda! Confie mais em você e na vida. Acalme-se, tenha mais fé, creia mais em você e em Deus. Como dizem os orientais: se um problema tem saída, resolva! E se não tem, por que se preocupar tanto? Neste caso, aceite-o!

Problemas na coluna indicam que você tem a sensação de que há pessoas ao seu redor que dependem de você. É como se você não quisesse, mas sente que tem que carregar o mundo nas costas, pois acha que os outros são incapazes de resolver seus problemas sem a sua ajuda. Isso não é verdade! Todo mundo tem a capacidade para resolver as coisas. É você quem acha isso, então liberte-se desta crença. Acredite mais nos outros. Cada um tem o direito de viver a vida como deseja, não queira impor seu modo de viver a outros. Aceite as diferenças, afinal você também quer ser aceito(a) exatamente como é, não é mesmo?
O coração pára quando o sentido da vida parece terminar. Mantenha seu coração sadio, procure pontos negativos em fatos passados e atuais. Dê mais sentido aos fatos. Você já reparou que tudo tem seu lado positivo? Basta saber procurar... E sempre tenha planos ousados e divertidos para o futuro, isso o manterá vivo e “motivado”, com o coração leve e saudável.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável. Ninguém consegue manifestar perfeição, pois é impossível até mesmo defini-la. Quem poderia citar o que seria mundialmente considerado perfeito? Aceite-se e aceite o mundo exatamente como ele é. Pare de querer controlar tudo. São as diferenças e as pequenas imperfeições que fazem do mundo um lugar tão maravilhoso... Isso vale para seu corpo também. Aceite-se exatamente como é, seu corpo é o templo da sua alma. Se existir algo que queira mudar em seu corpo, faça; mas não deixe que sua felicidade e amor próprio dependam disso. Se você está num relacionamento e seu parceiro(a) não está satisfeito com seu corpo, mude de parceiro. Afinal, você é muito mais maravilhoso e especial do que seu corpo físico. Você é a auto-manifestação de Deus na terra. E pode ter certeza: existem muitas pessoas que gostariam de estar com você! Para você ser completamente amado e aceito por alguém, comece se aceitando e se amando e isso ocorrerá naturalmente.


As unhas quebram, os cabelos e a pele perdem a força e o brilho quando as defesas ficam ameaçadas. E isso acontece quando você está se sentindo deprimido, sem vontade de seguir além... Se estiver com depressão, procure os amigos, familares e/ou ajuda médica. Deseje melhorar, leia bons livros, assista a programas divertidos, instrutivos e/ou inspiradores, tenha um tempo só pra você, faça coisas de que gosta,ria em frente ao espelho,  divirta-se! Insira mais diversão na sua vida, isso só depende de você!
O peito aperta quando o orgulho escraviza. Você não é vítima do mundo. Ninguém é, a menos que se coloque nesta posição. Para todo ditador, existe um ou vários submissos. Não tenha pena de você, pelo contrário, orgulhe-se de ser a pessoa que é. Encontre características positivas suas. Se estiver difícil, pergunte a amigos e familiares, pode ter certeza de que você ficará muito feliz com o feedback deles. E escreva num caderno para se lembrar e comece a fazer as suas anotações positivas sobre você, as pessoas e fatos ao redor.

A pessoa enfarta quando sente a ingratidão e estresse. Procure não exigir tanto das pessoas. Quando fizer algo pequeno, médio ou grande por alguém, não espere algo em troca. A pessoa pode não retribuir da maneira que você deseja e você envenena seu coração com raiva e sentimento de frustração e ingratidão. Na maioria das vezes a pessoa nem imaginava o quanto isso era importante pra você, é a sua visão que coloca este peso. Não deixe que suas exigências de como os outros devem se comportar atrapalhe a sua saúde e felicidade. Você pode ter feito coisas que magoaram muitas pessoas e você nem imagina. Perdoe SEMPRE! E perdoe-se!
     A pressão sobe quando o medo aprisiona. Mas medo de que? Muitas vezes o medo é irracional. A menos que você esteja realmente numa situação perigosa (perdido em alto mar, sem socorro á vista, seu avião caiu no meio da Amazônia e você está perdido, sozinho e machucado, etc...) a menos que a adrenalina gerada seja algo que pode te ajudar a reagir corretamente numa situação de emergência, acalme-se! Faça a pergunta: E se este fato que eu receio realmente venha a ocorrer, qual é a pior coisa que poderia me acontecer? Faça as pazes com todas as possibilidades. Se você não tem controle sobre algum fato, solte-o! Entregue a Deus, ore, medite, relaxe... E entregue ao universo. Cuidado com os 15 minutos antes de dormir, não tenha medo do amanhã, confie de que tudo ocorrerá da melhor maneira, entregue o problema a Deus e durma bem. Muitas vezes ao acordar, o problema terá diminuído ou até desaparecido, pois muitos dos nossos medos são irreais.

As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza. Quando você repetidamente não consegue realizar sonhos e projetos importantes, acaba se frustrando, sente que não tem controle ou que o mundo está contra você. Neste momento, tudo parece ser um empecilho, você vê um mundo perigoso e injusto e se sente como uma criança sozinha e desamparada, despreparada para lidar com as situações. Mas você não é mais uma criança, é um adulto e tem força e capacidade para resolver e realizar qualquer coisa que deseja, procure ajuda, mude e seja feliz! Muitas pessoas procuram remédios físicos quando na verdade precisam mudar suas atitudes, pensamentos e sentimentos.

A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade. Se sua temperatura subiu, você está se sentindo sem forças para lidar com as situações. Não se compare com outras pessoas, não pense que só você tem problemas ou que existem pessoas sortudas e pra você, nada dá certo. Isso não é verdade! Todos temos problemas, o que muda é como os encaramos e resolvemos. Você é capaz de resolver qualquer situação. Dê uma chance para você e seus sonhos grandiosos... Não seja tão exigente, deixe que tudo ocorrerá no tempo de Deus. Equilibre seu organismo, equilibrando suas emoções.

O câncer se instala quando a pessoa guardou mágoas e rancores por toda uma vida. É como se aqueles sentimentos estivessem comendo a pessoa de dentro pra fora. É por isso que não adianta curar apenas com remédios, é preciso aprender a perdoar as pessoas, principalmente a si mesmo e seguir em frente, vivendo no presente, com planos concretos para o futuro. Perdoar é um processo, pode levar tempo, mas nada é tão belo e transformador do que o perdão, ele liberta a alma, a pessoa se renova e se cura.




Para todos os casos acima, 15-20 minutos de oração/meditação
ou uma respiração profunda e lenta ao acordar podem fazer “milagres"...
Experimente começar o dia em paz e harmonia,
seu corpo agradece e você verá o resultado na sua vida em geral.
Tente, é de graça e pode salvar a sua vida!
Palavras CHAVE para o BEM VIVER: 
Amor -  Paz - Confiança -
e Luz, MUITA LUZ !!! 

Tricotando um casulo



Uma das coisas que adoro fazer no inverno é tricotar. Coincidentemente com meu atual estado reflexivo comparo essa atividade a uma espécie de hibernação:

"A hibernação é um mecanismo de sobrevivência utilizado por muitos animais em períodos em que as condições ambientais se encontram bastante adversas [...]
Diferentes animais em diferentes meios usam mecanismos variados de alteração do metabolismo que podem ser classificados de hibernação, estivação e torpor

[...] alguns animais reduzem seu metabolismo quando a temperatura cai drasticamente (é a forma mais comum), quando a quantidade de energia para mantê-los vivos é maior do que a que se encontra disponível
[...]
alguns deles usam esse estado letárgico como uma forma de reduzir ao máximo seu metabolismo (gastando menos energia). Assim, a energia de que dispõem será suficiente para mantê-los vivos até que as condições do meio sejam favoráveis novamente.

Para hibernar, os animais precisam se preparar. Alguns animais fazem estoques de alimentos em suas tocas e, vez ou outra durante o inverno, despertam brevemente para se alimentar. Outros animais fazem esse estoque de energia na forma de gordura corporal. E, por fim, há aqueles que usam as duas técnicas combinadas.

Outra etapa da preparação para o período de dormência, é a escolha do local ou hibernáculo. Alguns animais, como os ursos, escolhem cavernas rasas para hibernar de forma a ficar abrigados (o que ajuda a manter a temperatura) e ainda assim perceber as mudanças do clima (para saber a hora de despertar). Esquilos, lêmures e outros animais cavam tocas no solo e a recobrem com folhas, barro e outros materiais isolantes. E algumas espécies de insetos constroem casulos para hibernar". Por Caroline faria www infoescola com

Devaneios de cascos e teias


Num instante o passado pôde ser totalmente adentrado (invadido) por uma vivência presentemente mole. Dureza e moleza se embatem, confrontam.
E onde, antes, existia uma dureza normal e adequadamente escolhida (adaptada-aprendida), agora mesmo, revela-se uma dureza blindada, implacável, lacradíssima que rolou com seu casco pelos barrancos do tempo.


Então, solta da casca, surge uma coisa mole (que não ouso definir ou tocar), mas que, sendo patentemente, enfaticamente, biologicamente, inevitável e incontestavelmente mole, se volta para a dureza pregressa com tal indignação e superioridade, e questiona o passado duríssimo – ou melhor – nem crê nessa duríssima mentira e segue desfiando uma tardia autonomia-mole!

Somente o desejo de destruição pode ser o legado de um passado indignamente tolerante. Somente a extinção cabal da esperança pode por a salvo o futuro, onde ele escape de uma passividade tosca, de somente esperar os frutos de um presente omisso.

O aniquilamento é a única atitude pertinente, única salvação que poderá derrubar a esperança e a fé de um dia vivermos felizes!


Então sem fé, sem esperança e sem tal futuro, viveremos felizes, no que assim for possível, porém livres de desenganos. 
E divorciados da procastinação, teceremos nova vida, com os fios desse tempo que se chama agora.






A CASCA



A couraça rígida, que muitas vezes desenha nosso corpo, pode ser interpretada como inconveniente,  desagradável ou motivo de sofrimento para o sujeito.
Somos sim sujeitos expostos a muitos eventos, ataques, machucados.  A casca da ferida embora inflexível, feia e áspera foi o melhor que a vida conseguiu providenciar na urgência em que se via de ter que proteger o corpo, pois com aquele sulco aberto uma perigosa vulnerabilidade permitiria a entrada de  bactérias e outros ataques que culminariam em prejuízos muitos grandes para o organismo.
Entre a exposição e a vulnerabilidade, a natureza descarta a elegância, que demanda tempo, e age com rapidez fechando bruscamente a porta.

Alguns, vendo o efeito final, dirão que a casca é indesejável e procurarão os meios de estirpá-la para livrar a pessoa de tal aberração. A sabedoria, contudo, teve seus motivos para providenciar tamanha rudeza.

Sim temos que vencer nossos medos.
E sermos desafiados a enfrentar nossas incertezas parece desejável e saudável. Mas para descascar um ser humano será preciso muito tempo e unguento. Pois, se formos precipitados, poderemos produzir sofrimento desnecessário, dor redobrada num lugar já atingido e marcado e, finalmente, uma nova casca ainda mais feia e dura poderá ser construída no local.

O Poço do Visconde

Meu pensamento se enche entusiasmo, viajo para o sítio, e revivo os lugares e personagens que conheci antes de ver a sugestões da TV. Queria que ele visse quanto o Brasil já progrediu em relação ao petróleo... Quantas metáforas poderia construir com a brilhante geologia de rica linguagem infantil: material orgânico sedimentado, riqueza enclausurada, suprimento abundante, de difícil acesso, de alto valor - que pode ser transformado em energia quase inesgotável - apenas com iniciativa e trabalho...com desejo, coragem e fé...



Ah! Quem me dera, Monteiro Lobato, tomar um café contigo...
Eu me encheria dessa paixão que sai aos jorros de você, alma imortal, furaria meus poços, colocaria uma torneira bem forte para dosar a pressão e não destruir, nem desperdiçar nada, e seria muito, muito, muito, rica... de bens, de amor, de desejos, de sonhos e de realidades!!!!!!!!!!!

O corpo traído

O corpo traído

Isabelle Ludovico
O excelente livro de Alexander Lowen, com este título, aponta a síndrome mais freqüente de nossos dias: a cisão entre corpo e alma como forma de se proteger da dor. Vivemos numa cultura que valoriza o conhecimento teórico em detrimento do sentimento, o poder em detrimento do amor, a ação em detrimento da emoção e a mente em detrimento do corpo. 
As emoções têm um registro corporal. É o corpo que sente tesão, se arrepia de medo e treme de raiva. A criança descobre logo como prender a respiração e amortecer o corpo para evitar o medo ou uma ansiedade muito forte. A emoção reprimida, por meio do autocontrole, se transforma em angústia e no medo de perder este controle.
É como uma bomba que não explodiu. Sem a consciência do corpo e das emoções, a pessoa se torna um espírito desencarnado e um corpo desalmado. O corpo, com seus sentidos, é sacrificado e submetido ao controle da mente. Come-se porque é meio-dia e não porque se sente fome. 

No indivíduo integrado, o desejo de prazer gera um impulso que desperta sentimento, pensamento e ação. Corpo e mente são ligados pela função integrativa do prazer. Ao suprimir o medo, suprime-se também o desejo e o prazer. A unidade mente/corpo passa a ser mantida artificialmente pela força de vontade. Alienada da sua identidade corporal, só resta à pessoa identificar-se com uma imagem compensatória e irreal de si mesma. O corpo se torna uma vitrine, um objeto moldado em função de critérios estéticos definidos pela sociedade. O sexo compulsivo se apresenta como uma forma de obter proximidade e calor. Pensamentos e fantasias substituem o sentimento e a ação destinada a satisfazer algum desejo. O amor é romanceado para compensar sentimentos genuínos. A pessoa se torna escrava de papéis e desenvolve seu trabalho de forma mecânica. Ela se dedica a empreendimentos egoístas que possam alimentar o culto à imagem ideal de si mesma que ela sobrepôs à realidade e ao corpo.
Quando a criança é seduzida por um dos pais, ela também se protege abandonando o seu corpo. Por outro lado, a ausência de uma intimidade física prazerosa com a mãe é sentida como abandono. Por medo de se sentir abandonada, a criança suprime o sentimento e o desejo e passa a evitar a intimidade. Sem consciência corporal, ela duvida que suas pernas sejam capazes de sustentá-la. É condenada a viver suspensa entre a realidade e a ilusão, entre a infância e a maturidade, entre a vida e a morte. Ela rejeita seu passado, se sente insegura em relação ao seu futuro e não possui presente já que não tem chão firme sob seus pés.
Recuperar o corpo significa resgatar essas emoções contidas debaixo da máscara que esconde que a pessoa está “morta de pavor”. Remover a máscara significa encarar o medo e a raiva. Abandonar a imagem ilusória de si mesmo pode parecer um mergulho no desespero, porém traz a surpresa de descobrir um chão seguro. Não se pode cair mais baixo do que na mão de Deus. A dor reprimida voltará logo que a pessoa restabelecer contato com seu corpo. Assim como o dedo congelado dói quando começa a esquentar, esta dor provém da luta que o corpo trava para ganhar vida. No caminho para a recuperação a pessoa irá passar por uma fase de profunda exaustão que pode durar semanas ou até meses. Nesse processo, a dor será substituída progressivamente por prazer e o desespero por sentimentos positivos. 
Assim, o prazer só é acessível a quem não se desvia da dor e a trilha da alegria esbarra inevitavelmente na tristeza. A capacidade de sentir dor é também a capacidade de sentir prazer. Entregar-se ao cansaço é encontrar a paz do repouso. Querer poupar-se de emoções desagradáveis é condenar-se a viver num vácuo frio e sem vida. Como diz a música: “Quem quiser encontrar o amor, vai ter que sofrer, vai ter que chorar...” O sofrimento e a dor fazem parte da experiência humana assim como o amor e o prazer.
Ao resgatar sua identidade corporal, a pessoa torna-se capaz de perceber o que quer, o que sente e de que necessita. Assim, ela pode satisfazer os seus desejos e anseios. Esse processo rumo a uma vida mais integrada pode ser acompanhado por um terapeuta que enfrentará o desespero junto com o paciente e o ajudará a enxergar luz no fim do túnel. É imprescindível segurar na mão de Deus para entrar nesse vale da sombra da morte onde estão entulhadas as emoções negadas. Abrir mão da imagem de super-homem para se tornar um ser humano de carne e osso, com luz e sombra, com emoções e desejos, é o grande desafio da nossa época que cultiva o narcisismo, o ativismo e o consumismo em vez de reconhecer que o sentido da vida reside fundamentalmente em amar e ser amado.

Isabelle Ludovico da Silva é psicóloga clínica, com especialização em Terapia Familiar Sistêmica. 
E-mail: isabelle@ludovicosilva.com.br

Not a Box

UM CORPO AO CHÃO


Vi uns borrões que representavam os toques do meu corpo deitado (?) (or over the ground)? Mas se ao deitar eu não estou no chão, então onde estou? Pensar o corpo às vezes me faz apenas lembrar de uma velha coisa que esqueci  guardada em alguma gaveta: tem um tanto de mofo, incomoda, pesa, tem que levar periodicamente para revisão e manutenção. Tem que deixá-lo com boa aparência para que os que vêem as aparências me enxerguem. É um fardo se não é realmente aproveitado, vivido, respirado, oferecido...

E de repente...


Era noite eu estava arrumado para sair. A princípio seria um show de rock, não sei quem mas eu tinha o sentimento de ir ouvir boa música. Saindo de casa de carro.. Sim eu de carro! Opalão azul celeste metálico com faixas vermelho rubro, um espetáculo. Eu nunca tinha visto algo do tipo… nem em sonhos.
Procuro estacionar o carro longe do destino para que eu possa beber a vontade sem me preocupar de ter que dirigir muito até a casa na volta possivelmente embriagado.
Chegando ao restaurante/bar encontro alguns amigos e fico perambulando, de mesa em mesa, colocando as novidades em dia, encontro Jorge e pergunto onde ele estacionou para me dar uma carona até meu carro que eu tinha estacionado cerca de 1km de distância do local. Confirmada a carona, sigo andando para fora dali, onde percebo estar numa orla beira mar, onde o mar estava avançado beirando a coxa e cintura das pessoas que ficavam nos quiosques, sendo que nada incomodava, o povo se divertia, ria, conversava e não se davam conta do suposto caos que acontecia. Vejo goteira de chuva caindo em cima da rede elétrica do quiosque mas nada acontece, nem curto, nem faísca.
Decido ir ao mar, noite muito movimentada, muitos jovens pegando onda juntos e eu vou rumo a brincadeira. Depois de algumas ondas, repentinamente o mar recua todo. Aquela água toda recua e o mar some! Só fica areia, eu começo a alertar os jovens para me seguir pois virá um tsunami quando a água do mar voltar.
E começamos a corrida a procura da água longa e cansativa, muitos desistem no decorrer do caminho. Com o tempo começa a aparecer uma vegetação dos lados, formando uma rua arenosa ainda mas sim uma rua! No meio desta rua passa um filete de água que me indica a direção que se deve seguir.
Nesta altura do trajeto só me acompanham duas ou tres pessoas que ao olhar para o lado percebo um cachorro ao portão que me reconheçe e abana o rabo porém eu não reconheço a casa nem o cão…
Ao final da rua/viela vira um caminhão velho e azul de farol alto que segue em nossa direção devagar nos gerando muito medo! Assim que o caminhão para alguns metros a frente já me percebo só no dilema de seguir em frente ou não.
Abre -se vagarosamente a porta do caminhão e a criatura estranha e mestiça desce e vem em minha direção com olhos de fogo um corpo com a parte superior de cão e a  inferior de Bode, com  focinho de cão e olhos e topo da cabeça humanos, o cume da cabeça é muito esférico e vermelho-sangue! Tal criatura avança sobre mim com ódio no intuito de me impedir de achar a água/salvação. De imediato me viro para correr de tal coisa. Passos depois paro e procuro algo como um pau ou pedra para enfrentar o bicho. Não tendo mais tempo a criatura salta no ar para me abocanhar e a centímetros do meu rosto, acordo. Sem medo com uma sensação de incômodo e a primeira coisa que penso é: que coisa estranha!

AMOR DE AVÓ



Leãozinho
Você chegou, súbito, fenômeno, dínamo, arrebatando todos os corações! Fez um link em mim... me tirando do sério me deixando boba, desconcertada. Tua vida tão fresca, intensa, preciosa me atrai com força. Parece uma fonte donde jorra, livre e abundante, o amor. Misto de ternura e radicalidade. Mudança. Realidade. Ternura.

Quando teu pai era quase tão pequeno quanto você eu curtia aquela musica do Caetano... que te dedico, hoje, filhote!


O Leãozinho Caetano Veloso



Gosto muito de te ver, Leãozinho

Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, Leãozinho

Para desentristecer, Leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho

Um filhote de leão, raio da manhã
Arrastando o meu olhar como um ímã
O meu coração é o sol pai de toda a cor
Quando ele lhe doura a pele ao léu

Gosto de te ver ao sol, Leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba

Gosto de ficar ao sol, Leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar numa

III CONGRESSO DE GESTALT-TERAPIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: TRANSFORMAÇÃO NO CAMPO EM BUSCA DE UMA BOA FORMA. DIAS 4 E 5 DE SETEMBRO DE 2010.

Não sei se é possível estudar em um congresso de Gestalt. Considerando todo o preconceito que EU tenho em cima da palavra estudar. Eu cresci isso sim, acredito que crescer defina bem todo o processo vivido no evento já que o amigo Aurélio nos diz que crescer também é um aumento de intensidade, duração, volume e quantidade.

Logo de início no brotar da idéia (congresso) me despertou uma ansiedade forte, pois não sabia o valor sabendo que seria certamente inviável ao meu orçamento, que me fez pensar em como a organização estipula o valor. Mas também não sei quantificar tudo o quanto ganhei com o evento, porém certamente muito mais do que um número estipulado a ser cobrado como o preço de um objeto. Ou seja, por um lado posso olhar como um congresso bastante caro referente ao tamanho das expectativas lançadas ou então posso também qualificar como um congresso baratíssimo já que não consigo quantificar numericamente o quanto ganhei com a oportunidade.

Entrar em contato pleno com a minha pessoa, ou seja, me encontrar para poder encontrar o outro. Viver um congresso de Gestalt-Terapia porque não se estuda paradigmaticamente, se entra em contato, experimenta, e se estuda também de fato.

Chorei dos mais diversos motivos, sorri dos mais diversos motivos, abracei por questão de abraçar mesmo. Também fui abraçado e sei que por puro gosto. Senti raiva e vi que precisava expressa-la mais. Mesmo quando não tínhamos o toque nas dinâmicas, onde não se podia encostar-se ao outro percebi que a coisa ficava ainda mais intensa. Sem toque e sem fala: só o movimento! Movimento do corpo movimento dos olhos movimento das expressões e movimento da alma tudo era muito mais comunicação tudo era mais pleno, mais sincero. Não permite espaço para quem não se mostra como se realmente é. Vejo que se não tivesse tido a idéia de escrever sobre não teria percebido o quão importante foi pra mim. E o quanto consegui absorver.

Agradeço muito aos amigos presentes que dividiram muito de todo esse processo não só acadêmico, mas terapêutico também. Fernanda Galhardo de Castro, Guilherme de Carvalho e Rachel de Jesus Fernandes de Oliveira parabéns pelo trabalho exemplar que palestraram, isso me motiva de uma forma indescritível. Lidi, Cela, Nicole