Porque sentimos tantos medos, angústias, neuroses?


Muitas intervenções do dia a dia das nossas relações na cultura, na família, no lazer ou no trabalho, nos empurram para um comportamento adaptado que invariavelmente rouba um pouco dos nossos verdadeiros interesses em nome de uma certa conveniência e aceitação social.
Isso tende a favorecer o surgimento de uma persona cada vez mais ajustada em detrimento da manifestação singular do sujeito criativo que deveria habitar cada um de nós.
Para que as coisas, levadas a esse termo, parem de funcionar tão bem é só uma questão de tempo.
É aí que entram os sintomas, trazendo uma gama de mensagens sob as formas mais variadas como depressão, estresse, fobias, medos, ansiedades, pânico, toc, angústias, obesidade, impotência sexual, enfim, grande número de neuroses.
Nesse ponto, uma valiosa investigação e reflexão podem trazer algumas coisas para os lugares de onde nunca deveriam ter saído ou, ao contrário, levar coisas que já deveriam ter ido há muito tempo, ao seu irresistível, inegável, lugar...
Para isso, contar com ajuda profissional na hora de fazer tais ajustes é uma decisão pelo menos honesta; uma vez que não podemos ser ao mesmo tempo observador e observado, fica difícil conduzir sozinho as decisões quando estão em jogo as razões de nossa alma.
O pensador Carl G Jung ensina que o objetivo de uma neurose é, em última instância, recuperar o movimento da vida que em algum lugar foi represado, proibido, tolhido.