Quem acredita em Papai Noel?

 Dizem que é bobagem, que Ano Novo que nada! Dizem que é apenas um dia que nasce como outro qualquer! Dizem até que Papai Noel não existe! Imagine, quanta descrença, meu Deus!
Alguns fazem promessas, outros tomam banho de mar, alguns fazem amor, outros dão pulinhos e comem caroços de romã. Uns preferem usar branco para a Paz, outros vermelho para o amor...
Supertições?
Não!
Significados!
Isso é o ser humano!

Um ser altamente capaz de criar significados. Dessa capacidade depende a nossa história, cultura, família, arte e até mesmo a nossa saúde mental não pode passar sem eles. Sem os significados que nos vivificam, nos tornam expectantes e infinitos na saga apaixonada pelo nosso destino, em busca da razão de ser e da realização.
Por isso meu humano, meu caro humano! Gaste tempo com seus pulinhos ou jogue flores ao mar, não deixe que a cultura do vazio alcance sua vida, sua emoção, sua fé e sua capacidade de significação!
O mundo definitivamente não acabará se pessoas como eu e  você preservarmos o meio ambiente  íntimo, da  alma, daquilo que permanece vivo dentro de nós. Haja questões, paixões, implicações, indignações!
Se não houver nenhuma razão pra viver, crie uma!


Eu, agora mesmo, estou indignada!
Já espalharam por aí que Papai Noel não existe... Eu acho isso um absurdo! Uma afronta à magia, à doçura, à esperança, à bondade humana!
Claro que os humanos também somos maus; mas o caso é: Não somos maus! E a bondade... tão dizendo que não existe...
Eu mesmo, um dia, já acreditei que Papai Noel não existia... Mas se todos nós, em coro, dissermos que só há violência, maldade, guerra e aflição o que de fato haverá?
Você não acredita em Papai Noel?
E em Ano Bom?


O que é Neurose?

[lacan-imagens1-small.jpg] O que é Neurose?
A palavra "neurótico", como costuma ser usada hoje, tem sentido impróprio e pode ser ofensivo ou pejorativo. Algumas pessoas podem usar a palavra "neurose" como sinônimo de "loucura". Mas isso não é verdade, de forma alguma.
Trata-se de uma reação exagerada do sistema nervoso em relação a uma experiência vivida (Reação Vivencial). Neurose é uma maneira da pessoa SER e  de reagir à vida. A pessoa É neurótica e não ESTÁ neurótica
.

Essa maneira de ser neurótica significa que a pessoa reage à vida através de reações vivenciais não normais; seja no sentido dessas reações seremdesproporcionais, seja pelo fato de serem muito duradouras, seja pelo fato delas existirem mesmo que não exista uma causa vivencial aparente.
Essa maneira exagerada de reagir leva a pessoa neurótica a adotar uma serie de comportamentos (evita lugares, faz atitudes para alívio da ansiedade... etc).O neurótico, tem plena consciência do seu problema e, muitas vezes, sente-se impotente para modificá-lo.
Exemplos:
1 - Diante de um compromisso social a pessoa neurótica reage com muita ansiedade, mais que a maioria das pessoas submetidas à mesma situação (desproporcional). Diante desse mesmo compromisso social a pessoa começa a ficar muito ansiosa uma senana antes (muito duradoura) ou, finalmente, a pessoa fica ansiosa só de imaginar que terá um compromisso social (sem causa aparente).
2 - Num determinado ambiente (ônibus, elevador, avião, em meio a multidão, etc) a pessoa neurótica começa a passar mal, achando que vai acontecer alguma coisa (desproporcional). Ou começa a passar mal só de saber que terá de enfrentar a tal situação (sem causa aparente).
O que não é Neurose?
Como vimos, a Neurose é uma doença, uma doença emocional, afetiva e da personalidade. Logo, Neurose não é:
- Falta de Homem (ou de Mulher)
- Falta de pensamento positivo
- Cabeça ou mente fraca
- Falta de vontade
- Falta do que fazer
- Ruindade ou maldade
- Senvergonhice
- Influência espiritual
- Mal-olhado ou encosto
- Coisa "de sua cabeça" (isso é caspa)
- Falta de ter passado por dificuldades de verdade (isso é azar)
- Por nunca ter passado dificuldades
- Falta de uma boa surra
- A "gente é que permite"
- Conseqüência de ter tido de tudo na vida
- Conseqüência de não ter tido nada na vida
- Porque o pai brigava com a mãe
- Porque o pai separou da mãe
- Porque o pai era enérgico
- Porque o pai era omisso
- Porque não teve pai
- Porque a mãe era protetora
- Porque a mãe era omissa
- Porque não tinha mãe
- Porque soube que a mãe não era essa
- Porque "forçou demais a cabeça"
- Porque nunca "teve que forçar a cabeça"
- Porque a menstruação subiu para a cabeça
- Finalmente, porque misturou manga com leite...
A Neurose é uma Doença Mental?
 Não, a Neurose não é sonônimo de loucura, assim como também, a pessoa neurótica não apresenta nenhum comprometimento de sua inteligência, nem de contato com a realidade. Seus sentimentos também são normais. Eles amam, sentem alegria, tristeza, raiva, etc., como qualquer pessoa.
A diferença entre uma pessoa neurótica e uma normal é em relação à quantidade de emoções e sentimentos e não quanto à qualidade deles.
Osneuróticos ficam mais ansiosos, mais angustiados, mais deprimidos, mais sugestionáveis, 
mais teatrais, mais impressionados, mais preocupados, com mais medo, enfim, eles têm as mesmas emoções que todos nós temos, porém, exageradamente.
A Neurose, portanto, não é uma doença mental é, sobretudo, uma doença da personalidade.
Tipos de Neuroses
  De modo geral, e didaticamente, as neuroses costumam ser classificadas através de seu sintoma mais proeminente. Isso não significa que todas elas possam ter uma série de sintomas comuns (todas têm ansiedade, por exemplo).
Um dos tipos mais comuns, hoje em dia, é aquele cujo sintoma proeminente é a fobia (medo patológico), juntamente com ansiedade.
Transtorno Fóbico-Ansioso é uma neurose que se caracteriza, exatamente, pela prevalência da Fobia entre outros sintomas de ansiedade, ou seja, um medo anormal, desproporcional e persistente diante de um objeto ou situação  específica.
Dentro dos quadros fóbicos-ansiosos destacam-se três tipos:
1 - Agorafobia (medo fóbico de lugares específicos);
2 - Fobia Social (medo de ser avaliado por outras pessoas) e;
3 - Fobia Específica (medo fóbido de determinados objetos).
Transtorno Ansioso é outro tipo de Neurose.
Os padrões individuais de Ansiedade variam amplamente. Algumas pessoas com ansiedade neurótica podem ter sintomas cardiovasculares, tais como palpitações, sudorese ou opressão no peito, outros manifestam sintomas gastrointestinais como náuseas, vômito, diarréia ou vazio no estômago, outros  ainda apresentam mal-estar respiratório ou predomínio de tensão muscular exagerada, do tipo espasmo, torcicolo e lombalgia. Enfim, os sintomas físicos da ansiedade variam de pessoa para pessoa. Psicologicamente a Ansiedade pode monopolizar as atividades psíquicas e comprometer, desde a atenção e memória, até a interpretação fiel da realidade.
Os Transtornos Histriônicos (Histéricos) são neuroses onde o sintoma principal é a teatralidade, sugestionabilidade, necessidade de atenção constante e manipulação emocional das pessoas ao seu redor. O neurótico histérico pode desmaiar, ficar paralítico, sem fala, trêmulo, e desempenhar todo tipo de papel de doente. Há grande variedade nesse tipo de neurose. 
Os Transtornos do Espectro Obsessivos-Compulsivos reúnem neuroses cujo sintoma principal é a incapacidade de controlar manias e rituais, assim como determinados pensamentos desagradáveis e absurdos.
Incluimos a Distimia nessa classificação como representante da neurose cujo sintoma mais proeminente é a tendência a reagir depressivamente à vida, ou seja, é a pessoa com tendência à longos períodos de depressão.
A Neurose tem cura?
Antigamente se pensava que a neurose era sempre incurável e que se convertia, com o tempo, numa doença crônica e invalidante. Hoje em dia, felizmente, as pessoas que sofrem deste transtorno podem recuperar-se por completo e levar uma vida normal como qualquer outra pessoa.
A questão da cura das neuroses, que é uma doença da personalidade, deve ser comparada à diabetes, pressão alta, miopia, reumatismo, alergia, asma e uma grande série de outras doenças. As pessoas portadoras dessas doenças, assim como os neuróticos, teriam uma péssima qualidade (e quantidade) de vida se não fossem os recursos da medicina.
A rigor, para as neuroses, recomenda-se um acompanhamento psicológico adequado, associado ao tratamento médico (com medicamentos) quando necessário, juntamente com a cooperação apropriada do próprio paciente e da sua família. Com essa conduta, felizmente, a grande maioria das neuroses podem ser perfeitamente controladas, proporcionando ao paciente uma melhor qualidade de vida e inegável  bem estar.
Em casos mais graves a medicação é inevitável, normalmente quando há componentes depressivos e ansiosos graves.
A família pode causar a neurose?
Sim e não! Essa resposta depende da família e do neurótico. Para entender melhor essa questão, vamos comparar a neurose com a alergia. Vamos considerar uma pessoa com rinite alérgica e que, ao entrar em contacto com um ambiente embolorado, manifesta sua rinite. Esse exemplo é muito didático.
Perguntamos: o fungo do bolor (a família), é a causa da rinite alérgica (neurose)???
Para haver a rinite alérgica é preciso 2 coisas; que a pessoa seja alérgica previamente, e do fungo. Entretanto, para essa, para essa crise de rinite, precisamente, o fungo foi indispensável. Mas isso não quer dizer que a pessoa não possa, um dia qualquer, ter a rinite sem o fungo, assim como, não ter a rinite apesar do fungo. Dependerá de como está sua imunidade (analogamente, seu humor ou afetividade) naquele dia.
O mais correto, agora, é dizer que o fungo (família) pode desencadear, agravar ou proporcionar condições para uma crise alérgica aguda (uma reação neurótica), mas não é a causa exclusiva.
Da mesma forma, podemos dizer que para desenvolver uma neurose é preciso uma certa vulnerabilidade emocional e, para que esta se manifeste em sua plenitude, é preciso uma vivência desencadeadora.
A Neurose é herdada?
Em primeiro lugar convém fazer uma distinção entre o que é genético, o que é constitucional e o que é hereditário:
1) Se uma doença é Genética, isso quer dizer que antes de nascer uma pessoa pode ter um gene ou uma programação que a conduza em direção à doença, mas em forma de probabilidade e não de certeza.
Cada um de nós carrega genes de diferentes doenças mas não as desenvolvemos obrigatoriamente. Um exemplo claro disso é o câncer de pulmão, identificado em genes de pessoas sadias não fumantes. Uma pessoa que tenha este gene teria uma predisposição genética a desenvolver a doença, mas isso não quer dizer que esta pessoa vá desenvolvê-la obrigatoriamente. De fato, se não fumar, levar uma vida não estressante, enfim, se não cumprir os requisitos necessários ao desenvolvimento da doença não terá câncer de pulmão.
2) É Constitucional a doença que faz parte da pessoa, sem necessariamente ter sido genética ou hereditária. 
Constitucional significa ter nascido assim ou ter adquirido para sempre. Se a pessoa nasceu surda, essa surdez é constitucional, sem necessidade de ser genética. 
As marcas de vacina que alguns têm nos braços, podemos dizer que são constitucionais (fazem parte da pessoa) mas não foram herdadas. Antes disso, foram adquiridas em tenra idade e não desapareceram mais. 
3) Uma doença Hereditária é uma doença genética que se transmitirá, com certeza, de uma geração a outra e, além disso, terá uma porcentagem fixa e calculada de novos casos da doença na geração seguinte. 
Um exemplo de uma doença hereditária é a Coréia de Huntington. Esta doença crônica supõe um degeneração corporal e mental que se passa de uma geração a outra, desenvolvendo-se em 50% dos filhos. Quer dizer que um paciente de Huntingtom que decide ter um filho sabe, de antemão, que a cada dois filhos que nascerem, no mínimo um desenvolverá a enfermidade.
Até o momento, podemos considerar as Neuroses de natureza Constitucional e, algumas vezes, Genética.
Qual a importância social das neuroses?
As neuroses são, indubitavelmente, o contingente mais importante de pacientes que procuram ajuda de psicólogos e psiquiatras. Seu quadro é extremamente variado, indo dos problemas psicossomáticos, sexuais, depressões, angústia, insônia, etc, etc.

As neuroses interferem e estão presentes também nos problemas de aprendizagem, no desenvolvimento da personalidade, no fracasso escolar, nos conflitos familiares e nas crises conjugais. 
A psiquiatria considera as neuroses transtornos menores, em relação às psicoses. Isso se deve ao fato do neurótico conservar, de alguma maneira, critérios de avaliação da realidade semelhantes às pessoas consideradas normais. 
Entretanto, ao falarmos em “transtorno menor”, não estamos nos referindo a algum criterio de prognóstico. O mais comum é que a neurose tenha um curso crônico e, não tratada, pode até levar a algum grau de incapacidade social e/ou profissional.
Texto do site http://gballone.sites.uol.com.br - Psiqweb

CONCURSO

Álcool e Drogas / Redução de Danos


A constatação de que o uso de álcool e outras drogas tomou proporção de grave problema de saúde pública no país encontra ressonância nos diversos segmentos da sociedade, pela relação comprovada entre o consumo e agravos sociais que dele decorrem ou que o reforçam. Uma ação política eficaz pode reduzir o nível de problemas relacionados ao consumo de álcool e outras drogas que são vivenciados por uma sociedade, evitando que se assista de forma passiva ao fluxo e ao refluxo de tal problemática.

O uso de álcool e outras drogas quase sempre causam dependência física e psicológica, transformando o usuário ocasional em viciado. As drogas podem levar à morte pelo consumo excessivo e até mesmo debilitar progressivamente o organismo de quem as usa. A magnitude do problema do uso indevido de drogas, verificada nas últimas décadas, ganhou proporções tão graves que hoje é um desafio da saúde pública no país. Além disso, este contexto também é refletido nos demais segmentos da sociedade por sua relação comprovada com os agravos sociais, tais como: acidentes de trânsito e de trabalho, violência domiciliar e crescimento da criminalidade. Ciente deste fato, o Ministério da Saúde vem definindo, ao longo do tempo, estratégias que visam ao fortalecimento da rede de assistência aos usuários de álcool e outras drogas, com ênfase na reabilitação e reinserção social dos mesmos.

A magnitude do problema do uso indevido de drogas, verificada nas últimas décadas, ganhou proporções tão graves que hoje é um desafio da saúde pública no país. Além disso, este contexto também é refletido nos demais segmentos da sociedade por sua relação comprovada com os agravos sociais, tais como: acidentes de trânsito e de trabalho, violência domiciliar e crescimento da criminalidade.

Ciente deste fato, o Ministério da Saúde vem definindo, ao longo do tempo, estratégias que visam ao fortalecimento da rede de assistência aos usuários de álcool e outras drogas, com ênfase na reabilitação e reinserção social dos mesmos. A assistência ao usuário de substâncias psicoativas no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - é realizada por meio da rede psiquiátrica existente.

Cabe esclarecer que um importante número de internações destes usuários é efetuado com o intuito de desintoxicar pessoas dependentes das drogas. Para reverter esse quadro o Ministério da Saúde, desde 1990, está definindo como diretriz básica de suas ações, a reestruturação da atenção psiquiátrica no Brasil, na qual a atenção às dependências químicas está inserida.

Nesse sentido, tem como premissa fundamental a ampliação da rede ambulatorial e o fortalecimento de iniciativas municipais e estaduais que propiciem a criação de equipamentos intensivos e intermediários entre o tratamento ambulatorial e a internação hospitalar, com ênfase nas ações de reabilitação psicossocial dos pacientes.

Em decorrência desse processo, o número de hospitais psiquiátricos no país reduziu de 313, em 1991, para 260, em 2001, enquanto o número de leitos especializados caiu de 86 mil para 62 mil, no mesmo período. Paralelamente a este fator, dos 03 Centros de Atenção Psicossocial/CAPS e Núcleos de Atenção Psicossocial/NAPS existentes, passamos para 266 em 2001, destes, estimamos que 10% sejam específicos para dependentes químicos.

Com relação às ações e atividades de prevenção ao uso indevido de drogas propostas atualmente pelo Ministério da Saúde, há algumas diretrizes que vêm norteando essa atuação:

A capacitação de recursos humanos - por meio de cooperação técnica nacional e internacional;

Produção de material informativo e instrucional;

Realização de pesquisa de opinião sobre o consumo de drogas;

Campanhas publicitárias voltadas para o público em geral, bem como para populações específicas;

Implantação de novos serviços, como o Centro de Atenção Psicossocial, especializados em álcool e drogas (PAA 2001).

Cabe ressaltar ainda, o apoio dado ao Congresso Nacional pela emissão de pareceres técnicos sobre os Projetos de Leis que visam ao incremento da legislação sobre drogas vigente no país.

A atuação do Ministério da Saúde está voltada para ações de prevenção, assistência na área de drogas, visando a redução da crescente demanda e promover a mudança de percepção da população dentro de um contexto de promoção da saúde.