Quem acredita em Papai Noel?

 Dizem que é bobagem, que Ano Novo que nada! Dizem que é apenas um dia que nasce como outro qualquer! Dizem até que Papai Noel não existe! Imagine, quanta descrença, meu Deus!
Alguns fazem promessas, outros tomam banho de mar, alguns fazem amor, outros dão pulinhos e comem caroços de romã. Uns preferem usar branco para a Paz, outros vermelho para o amor...
Supertições?
Não!
Significados!
Isso é o ser humano!

Um ser altamente capaz de criar significados. Dessa capacidade depende a nossa história, cultura, família, arte e até mesmo a nossa saúde mental não pode passar sem eles. Sem os significados que nos vivificam, nos tornam expectantes e infinitos na saga apaixonada pelo nosso destino, em busca da razão de ser e da realização.
Por isso meu humano, meu caro humano! Gaste tempo com seus pulinhos ou jogue flores ao mar, não deixe que a cultura do vazio alcance sua vida, sua emoção, sua fé e sua capacidade de significação!
O mundo definitivamente não acabará se pessoas como eu e  você preservarmos o meio ambiente  íntimo, da  alma, daquilo que permanece vivo dentro de nós. Haja questões, paixões, implicações, indignações!
Se não houver nenhuma razão pra viver, crie uma!


Eu, agora mesmo, estou indignada!
Já espalharam por aí que Papai Noel não existe... Eu acho isso um absurdo! Uma afronta à magia, à doçura, à esperança, à bondade humana!
Claro que os humanos também somos maus; mas o caso é: Não somos maus! E a bondade... tão dizendo que não existe...
Eu mesmo, um dia, já acreditei que Papai Noel não existia... Mas se todos nós, em coro, dissermos que só há violência, maldade, guerra e aflição o que de fato haverá?
Você não acredita em Papai Noel?
E em Ano Bom?


O que é Neurose?

[lacan-imagens1-small.jpg] O que é Neurose?
A palavra "neurótico", como costuma ser usada hoje, tem sentido impróprio e pode ser ofensivo ou pejorativo. Algumas pessoas podem usar a palavra "neurose" como sinônimo de "loucura". Mas isso não é verdade, de forma alguma.
Trata-se de uma reação exagerada do sistema nervoso em relação a uma experiência vivida (Reação Vivencial). Neurose é uma maneira da pessoa SER e  de reagir à vida. A pessoa É neurótica e não ESTÁ neurótica
.

Essa maneira de ser neurótica significa que a pessoa reage à vida através de reações vivenciais não normais; seja no sentido dessas reações seremdesproporcionais, seja pelo fato de serem muito duradouras, seja pelo fato delas existirem mesmo que não exista uma causa vivencial aparente.
Essa maneira exagerada de reagir leva a pessoa neurótica a adotar uma serie de comportamentos (evita lugares, faz atitudes para alívio da ansiedade... etc).O neurótico, tem plena consciência do seu problema e, muitas vezes, sente-se impotente para modificá-lo.
Exemplos:
1 - Diante de um compromisso social a pessoa neurótica reage com muita ansiedade, mais que a maioria das pessoas submetidas à mesma situação (desproporcional). Diante desse mesmo compromisso social a pessoa começa a ficar muito ansiosa uma senana antes (muito duradoura) ou, finalmente, a pessoa fica ansiosa só de imaginar que terá um compromisso social (sem causa aparente).
2 - Num determinado ambiente (ônibus, elevador, avião, em meio a multidão, etc) a pessoa neurótica começa a passar mal, achando que vai acontecer alguma coisa (desproporcional). Ou começa a passar mal só de saber que terá de enfrentar a tal situação (sem causa aparente).
O que não é Neurose?
Como vimos, a Neurose é uma doença, uma doença emocional, afetiva e da personalidade. Logo, Neurose não é:
- Falta de Homem (ou de Mulher)
- Falta de pensamento positivo
- Cabeça ou mente fraca
- Falta de vontade
- Falta do que fazer
- Ruindade ou maldade
- Senvergonhice
- Influência espiritual
- Mal-olhado ou encosto
- Coisa "de sua cabeça" (isso é caspa)
- Falta de ter passado por dificuldades de verdade (isso é azar)
- Por nunca ter passado dificuldades
- Falta de uma boa surra
- A "gente é que permite"
- Conseqüência de ter tido de tudo na vida
- Conseqüência de não ter tido nada na vida
- Porque o pai brigava com a mãe
- Porque o pai separou da mãe
- Porque o pai era enérgico
- Porque o pai era omisso
- Porque não teve pai
- Porque a mãe era protetora
- Porque a mãe era omissa
- Porque não tinha mãe
- Porque soube que a mãe não era essa
- Porque "forçou demais a cabeça"
- Porque nunca "teve que forçar a cabeça"
- Porque a menstruação subiu para a cabeça
- Finalmente, porque misturou manga com leite...
A Neurose é uma Doença Mental?
 Não, a Neurose não é sonônimo de loucura, assim como também, a pessoa neurótica não apresenta nenhum comprometimento de sua inteligência, nem de contato com a realidade. Seus sentimentos também são normais. Eles amam, sentem alegria, tristeza, raiva, etc., como qualquer pessoa.
A diferença entre uma pessoa neurótica e uma normal é em relação à quantidade de emoções e sentimentos e não quanto à qualidade deles.
Osneuróticos ficam mais ansiosos, mais angustiados, mais deprimidos, mais sugestionáveis, 
mais teatrais, mais impressionados, mais preocupados, com mais medo, enfim, eles têm as mesmas emoções que todos nós temos, porém, exageradamente.
A Neurose, portanto, não é uma doença mental é, sobretudo, uma doença da personalidade.
Tipos de Neuroses
  De modo geral, e didaticamente, as neuroses costumam ser classificadas através de seu sintoma mais proeminente. Isso não significa que todas elas possam ter uma série de sintomas comuns (todas têm ansiedade, por exemplo).
Um dos tipos mais comuns, hoje em dia, é aquele cujo sintoma proeminente é a fobia (medo patológico), juntamente com ansiedade.
Transtorno Fóbico-Ansioso é uma neurose que se caracteriza, exatamente, pela prevalência da Fobia entre outros sintomas de ansiedade, ou seja, um medo anormal, desproporcional e persistente diante de um objeto ou situação  específica.
Dentro dos quadros fóbicos-ansiosos destacam-se três tipos:
1 - Agorafobia (medo fóbico de lugares específicos);
2 - Fobia Social (medo de ser avaliado por outras pessoas) e;
3 - Fobia Específica (medo fóbido de determinados objetos).
Transtorno Ansioso é outro tipo de Neurose.
Os padrões individuais de Ansiedade variam amplamente. Algumas pessoas com ansiedade neurótica podem ter sintomas cardiovasculares, tais como palpitações, sudorese ou opressão no peito, outros manifestam sintomas gastrointestinais como náuseas, vômito, diarréia ou vazio no estômago, outros  ainda apresentam mal-estar respiratório ou predomínio de tensão muscular exagerada, do tipo espasmo, torcicolo e lombalgia. Enfim, os sintomas físicos da ansiedade variam de pessoa para pessoa. Psicologicamente a Ansiedade pode monopolizar as atividades psíquicas e comprometer, desde a atenção e memória, até a interpretação fiel da realidade.
Os Transtornos Histriônicos (Histéricos) são neuroses onde o sintoma principal é a teatralidade, sugestionabilidade, necessidade de atenção constante e manipulação emocional das pessoas ao seu redor. O neurótico histérico pode desmaiar, ficar paralítico, sem fala, trêmulo, e desempenhar todo tipo de papel de doente. Há grande variedade nesse tipo de neurose. 
Os Transtornos do Espectro Obsessivos-Compulsivos reúnem neuroses cujo sintoma principal é a incapacidade de controlar manias e rituais, assim como determinados pensamentos desagradáveis e absurdos.
Incluimos a Distimia nessa classificação como representante da neurose cujo sintoma mais proeminente é a tendência a reagir depressivamente à vida, ou seja, é a pessoa com tendência à longos períodos de depressão.
A Neurose tem cura?
Antigamente se pensava que a neurose era sempre incurável e que se convertia, com o tempo, numa doença crônica e invalidante. Hoje em dia, felizmente, as pessoas que sofrem deste transtorno podem recuperar-se por completo e levar uma vida normal como qualquer outra pessoa.
A questão da cura das neuroses, que é uma doença da personalidade, deve ser comparada à diabetes, pressão alta, miopia, reumatismo, alergia, asma e uma grande série de outras doenças. As pessoas portadoras dessas doenças, assim como os neuróticos, teriam uma péssima qualidade (e quantidade) de vida se não fossem os recursos da medicina.
A rigor, para as neuroses, recomenda-se um acompanhamento psicológico adequado, associado ao tratamento médico (com medicamentos) quando necessário, juntamente com a cooperação apropriada do próprio paciente e da sua família. Com essa conduta, felizmente, a grande maioria das neuroses podem ser perfeitamente controladas, proporcionando ao paciente uma melhor qualidade de vida e inegável  bem estar.
Em casos mais graves a medicação é inevitável, normalmente quando há componentes depressivos e ansiosos graves.
A família pode causar a neurose?
Sim e não! Essa resposta depende da família e do neurótico. Para entender melhor essa questão, vamos comparar a neurose com a alergia. Vamos considerar uma pessoa com rinite alérgica e que, ao entrar em contacto com um ambiente embolorado, manifesta sua rinite. Esse exemplo é muito didático.
Perguntamos: o fungo do bolor (a família), é a causa da rinite alérgica (neurose)???
Para haver a rinite alérgica é preciso 2 coisas; que a pessoa seja alérgica previamente, e do fungo. Entretanto, para essa, para essa crise de rinite, precisamente, o fungo foi indispensável. Mas isso não quer dizer que a pessoa não possa, um dia qualquer, ter a rinite sem o fungo, assim como, não ter a rinite apesar do fungo. Dependerá de como está sua imunidade (analogamente, seu humor ou afetividade) naquele dia.
O mais correto, agora, é dizer que o fungo (família) pode desencadear, agravar ou proporcionar condições para uma crise alérgica aguda (uma reação neurótica), mas não é a causa exclusiva.
Da mesma forma, podemos dizer que para desenvolver uma neurose é preciso uma certa vulnerabilidade emocional e, para que esta se manifeste em sua plenitude, é preciso uma vivência desencadeadora.
A Neurose é herdada?
Em primeiro lugar convém fazer uma distinção entre o que é genético, o que é constitucional e o que é hereditário:
1) Se uma doença é Genética, isso quer dizer que antes de nascer uma pessoa pode ter um gene ou uma programação que a conduza em direção à doença, mas em forma de probabilidade e não de certeza.
Cada um de nós carrega genes de diferentes doenças mas não as desenvolvemos obrigatoriamente. Um exemplo claro disso é o câncer de pulmão, identificado em genes de pessoas sadias não fumantes. Uma pessoa que tenha este gene teria uma predisposição genética a desenvolver a doença, mas isso não quer dizer que esta pessoa vá desenvolvê-la obrigatoriamente. De fato, se não fumar, levar uma vida não estressante, enfim, se não cumprir os requisitos necessários ao desenvolvimento da doença não terá câncer de pulmão.
2) É Constitucional a doença que faz parte da pessoa, sem necessariamente ter sido genética ou hereditária. 
Constitucional significa ter nascido assim ou ter adquirido para sempre. Se a pessoa nasceu surda, essa surdez é constitucional, sem necessidade de ser genética. 
As marcas de vacina que alguns têm nos braços, podemos dizer que são constitucionais (fazem parte da pessoa) mas não foram herdadas. Antes disso, foram adquiridas em tenra idade e não desapareceram mais. 
3) Uma doença Hereditária é uma doença genética que se transmitirá, com certeza, de uma geração a outra e, além disso, terá uma porcentagem fixa e calculada de novos casos da doença na geração seguinte. 
Um exemplo de uma doença hereditária é a Coréia de Huntington. Esta doença crônica supõe um degeneração corporal e mental que se passa de uma geração a outra, desenvolvendo-se em 50% dos filhos. Quer dizer que um paciente de Huntingtom que decide ter um filho sabe, de antemão, que a cada dois filhos que nascerem, no mínimo um desenvolverá a enfermidade.
Até o momento, podemos considerar as Neuroses de natureza Constitucional e, algumas vezes, Genética.
Qual a importância social das neuroses?
As neuroses são, indubitavelmente, o contingente mais importante de pacientes que procuram ajuda de psicólogos e psiquiatras. Seu quadro é extremamente variado, indo dos problemas psicossomáticos, sexuais, depressões, angústia, insônia, etc, etc.

As neuroses interferem e estão presentes também nos problemas de aprendizagem, no desenvolvimento da personalidade, no fracasso escolar, nos conflitos familiares e nas crises conjugais. 
A psiquiatria considera as neuroses transtornos menores, em relação às psicoses. Isso se deve ao fato do neurótico conservar, de alguma maneira, critérios de avaliação da realidade semelhantes às pessoas consideradas normais. 
Entretanto, ao falarmos em “transtorno menor”, não estamos nos referindo a algum criterio de prognóstico. O mais comum é que a neurose tenha um curso crônico e, não tratada, pode até levar a algum grau de incapacidade social e/ou profissional.
Texto do site http://gballone.sites.uol.com.br - Psiqweb

CONCURSO

Álcool e Drogas / Redução de Danos


A constatação de que o uso de álcool e outras drogas tomou proporção de grave problema de saúde pública no país encontra ressonância nos diversos segmentos da sociedade, pela relação comprovada entre o consumo e agravos sociais que dele decorrem ou que o reforçam. Uma ação política eficaz pode reduzir o nível de problemas relacionados ao consumo de álcool e outras drogas que são vivenciados por uma sociedade, evitando que se assista de forma passiva ao fluxo e ao refluxo de tal problemática.

O uso de álcool e outras drogas quase sempre causam dependência física e psicológica, transformando o usuário ocasional em viciado. As drogas podem levar à morte pelo consumo excessivo e até mesmo debilitar progressivamente o organismo de quem as usa. A magnitude do problema do uso indevido de drogas, verificada nas últimas décadas, ganhou proporções tão graves que hoje é um desafio da saúde pública no país. Além disso, este contexto também é refletido nos demais segmentos da sociedade por sua relação comprovada com os agravos sociais, tais como: acidentes de trânsito e de trabalho, violência domiciliar e crescimento da criminalidade. Ciente deste fato, o Ministério da Saúde vem definindo, ao longo do tempo, estratégias que visam ao fortalecimento da rede de assistência aos usuários de álcool e outras drogas, com ênfase na reabilitação e reinserção social dos mesmos.

A magnitude do problema do uso indevido de drogas, verificada nas últimas décadas, ganhou proporções tão graves que hoje é um desafio da saúde pública no país. Além disso, este contexto também é refletido nos demais segmentos da sociedade por sua relação comprovada com os agravos sociais, tais como: acidentes de trânsito e de trabalho, violência domiciliar e crescimento da criminalidade.

Ciente deste fato, o Ministério da Saúde vem definindo, ao longo do tempo, estratégias que visam ao fortalecimento da rede de assistência aos usuários de álcool e outras drogas, com ênfase na reabilitação e reinserção social dos mesmos. A assistência ao usuário de substâncias psicoativas no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - é realizada por meio da rede psiquiátrica existente.

Cabe esclarecer que um importante número de internações destes usuários é efetuado com o intuito de desintoxicar pessoas dependentes das drogas. Para reverter esse quadro o Ministério da Saúde, desde 1990, está definindo como diretriz básica de suas ações, a reestruturação da atenção psiquiátrica no Brasil, na qual a atenção às dependências químicas está inserida.

Nesse sentido, tem como premissa fundamental a ampliação da rede ambulatorial e o fortalecimento de iniciativas municipais e estaduais que propiciem a criação de equipamentos intensivos e intermediários entre o tratamento ambulatorial e a internação hospitalar, com ênfase nas ações de reabilitação psicossocial dos pacientes.

Em decorrência desse processo, o número de hospitais psiquiátricos no país reduziu de 313, em 1991, para 260, em 2001, enquanto o número de leitos especializados caiu de 86 mil para 62 mil, no mesmo período. Paralelamente a este fator, dos 03 Centros de Atenção Psicossocial/CAPS e Núcleos de Atenção Psicossocial/NAPS existentes, passamos para 266 em 2001, destes, estimamos que 10% sejam específicos para dependentes químicos.

Com relação às ações e atividades de prevenção ao uso indevido de drogas propostas atualmente pelo Ministério da Saúde, há algumas diretrizes que vêm norteando essa atuação:

A capacitação de recursos humanos - por meio de cooperação técnica nacional e internacional;

Produção de material informativo e instrucional;

Realização de pesquisa de opinião sobre o consumo de drogas;

Campanhas publicitárias voltadas para o público em geral, bem como para populações específicas;

Implantação de novos serviços, como o Centro de Atenção Psicossocial, especializados em álcool e drogas (PAA 2001).

Cabe ressaltar ainda, o apoio dado ao Congresso Nacional pela emissão de pareceres técnicos sobre os Projetos de Leis que visam ao incremento da legislação sobre drogas vigente no país.

A atuação do Ministério da Saúde está voltada para ações de prevenção, assistência na área de drogas, visando a redução da crescente demanda e promover a mudança de percepção da população dentro de um contexto de promoção da saúde.






Violência contra a mulher, contra o feminino...

SER MULHER


Em dias que empreendemos uma campanha de conscientização sobre a violência contra a mulher,
penso ainda na violência psicológica, aquela cujas marcas e feridas não são aparentes.
Penso na violência contra os sonhos, contra o romantismo, contra as promessas.

Penso na violência contra as melhores expectativas, contra os projetos, penso nas demissões, nos divórcios, no desrespeito ao que é doce, sensível, secreto numa mulher.



Penso no escárnio, no desprezo, na objetividade em detrimento da subjetividade. Muitos já disseram que os homens estão sem voz e sem lugar, que as mulheres tomaram a frente das famílias...
Sim, mas empreendendo um papel positivo, masculino e muito prático. Parece-me que o que realmente esta faltando em nossa sociedade são aquelas características doces e construtoras de sensibilidade que específicamente representavam a mulher.


Penso em quanto a vulnerabilidade, a doçura e a feminilidade têm estado sem lugar, amordaçadas... Quanto tem sido forçoso lutar, superar, vencer e sobreviver a despeito da aspiração, da sensibilidade, da vocação!

O amor, a alma e a doçura ficam sem função e sem representante, na sociedade capitalista, altamente produtiva e objetiva, deixando grassar o vazio e o medo. Paradoxalmente o terreno fica fértil para a disseminação de mais violência.

Que nesses dias onde os fatos mais violentos são trazidos à nossa memória, homens e mulheres façamos um questionamento a respeito da falta que está fazendo em nós um
verdadeiro (ou antigo) perfil de mulher.


Em que momento todos perdemos (ou vendemos) a ternura?

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA...BRANCA... MULTICOR!!!



Até quando teremos congressos e convenções para defender o direito dos "Negros"?
Porque continuamos a entender que pessoas têm cor? Pessoas têm sonhos, deveres e direitos, sim, mas como pessoas, não por serem negras ou brancas ou amarelas. Pessoas têm comportamentos, desejos e atitudes e deveriam ser reconhecidas e tratadas a partir destas características!





Ser negro ou vermelho não deveria ser motivo de mobilização! É claro que muitas pessoas estão se reunindo em movimentos pró negros para avaliar e minimizar o fenômeno racista e hostil que coloca pessoas contra pessoas em razão da cor negra.
Porém do que não devemos descuidar é de que formar tribos, clubes e nichos pode ser uma faca de dois gumes e intensificar uma diferença que deveria ser minimizada, conduzida com cuidado ao desisteresse, pois ser apenas negro ou branco ou cinza não faz de nós homens e mulheres dignos de respeito e de valor.

O de que mais precisamos é de integrar todas as cores, formar um painel onde cada cor é importante, sim porém para dar a graça e a presença singular do ser humano, para fazer parte de um todo multicor, apaixonado e vivente, não segregado, não segregando, não rotulando.
Toda inclusão passa primeiro pela exclusão: Para que eu o ajude a ser incluído primeiro preciso julgá-lo, condená-lo e rotulá-lo. Só então, depois de atribuída a identificação (se eu te classifiquei como pobre, miserável, inculto, ou seja lá qual foi a categoria escolhida, então sim estou pronta para ajudá-lo a deixar de ser a droga que você é...). Sempre erramos quando queremos ajudar o outro a não ser.





Quando vamos ter o dia da consciência M U L T I C O R????

Happy Helloween!!!

DIA DAS BRUXAS

Hoje é o dia de todas as bruxas e todos os bruxos. Todos os que ainda detêm o poder pessoal do encantamento, os que agüentam firme o peso de seus próprios poderes sem precisar jogar nas costas de um deus, todas as suas potencialidades, possibilidades, desejos, sonhos.
Parabéns aos Bruxos! Parabéns pela coragem, pela competência, pelo zelo, pela determinação. Parabéns aos que nunca desistem de sonhar, de amar, de tentar, e aos que conservam capacidade de se indignar, mesmo que o preço por sustentar suas verdades seja alto!
Parabéns a você que sabe o que quer, que luta por seus objetivos, a você que tem a coragem de alterar tais objetivos concomitantemente com a vida que se expande e se contrai numa respiração perene e inequívoca deixando a todos a lição de que ainda não chegamos ao fim...

Que cada dia seja um dia de acreditar, não numa estrela ou sorte, mas em um querer que está no íntimo de cada um clamando por realização.
Parabéns a todos vocês que aceitaram um dia o desafio de ser e de querer; que apostaram e apostam numa possibilidade! Sejam orgulhosos tantos das conquistas quanto das derrotas, pois nestas, em último caso, vocês deixaram um inimigo furioso a ponto de perseguí-los!!! Não foi muito bom tê-lo desafiado?

Se hoje é o seu aniversário, então você é um bruxinho inato!!! Não despreze a força que há em seus desejos e palavras: elas certamente podem criar circunstâncias e momentos inesquecíveis em sua vida!!!

Café Preto


Puxa! Que delícia! O sabor misturado ao hábito, inserido na cultura, apoiado pelo frio? Um ansiolitico? Um passatempo? Uma pausa no corredor para refletir ou descansar do estresse no meio do expediente?Uma gentileza!
Que aroma! Sim, aceito um café!
Oh! Não! Não quero com leite, não, não! Não precisa biscoitos! Com creme? Ah! Que nada! Pode ser no copo mesmo, nem precisa xícara! Copo descartável? Tudo bem! Oh, está bem quente!
Não, não estou com fome só quero o café mesmo!

Puxa! Não é do café da tarde que estou falando, nem o café da manhã, não é do pé de café, nem do grão! Não estou pedindo a lata de café, tampouco você está me oferecendo um pacote de café em pó! Pois não é uma refeição, nem uma compra, não é uma palavra a ser procurada no dicionário... Apenas o café...gentileza, cortesia, agrado, boas vindas, meu prazer ... como eu poderia chamá-lo?



Como você entenderia se eu o adjetivasse... me perdoe o pleonasmo, tão indispensável aqui.. preciso batizar esse meu café... PRETO! Puxa acho que vou passar um cafezinho... essa hora assim ...dá vontade de tomar um café preto! Só um pleonasmo pode protegê-lo de tantos complementos e adjetivações que tentam invadir e transformar o meu café...



O Surgimento da Consciência, e a Formação da Personalidade

O Surgimento da Consciência e a Formação da Personalidade desde o nascimento, até aproximadamente os três anos de idade a criança está num estado indiferenciado com o meio ambiente e com a psique, inicialmente da mãe e depois do pai, também. Jung compara o desenvolvimento psíquico com o do corpo, citando a lei biogenética segundo a qual a história evolutiva da espécie se repete no desenvolvimento embrionário. Para Jung, o que acontece, a partir dessa lei, na formação do corpo (passar por todas as formas anatômicas do passado longínquo) também acontece na formação do psíquico: é um processo que percorre um caminho evolutivo, originando-se da inconsciência, passando pela semi-consciência – num momento de simbiose com a mãe (e com o pai) – até atingir o estágio de uma consciência mais ampliada. “... a criança se desenvolve a partir de um estado inicial inconsciente e semelhante ao do animal, até atingir a consciência: primeiro a primitiva e, gradativamente, a civilizada (Jung, 2006 p 57)”.
A partir dos 3 ou 5 anos pode ser considerado uma prova do surgimento da consciência de si o fato da criança dizer a palavra “eu”. Antes, porém a criança não refere suas experiências para um sujeito (si mesmo) o que explica sua ausência de memória (no sentido usual da palavra) porque tudo está difuso e indiferenciado. Aos poucos vai se notando um gradual crescimento de consciência com mais individualização das experiências. O período fértil onde essas aquisições acontecem com mais intensidade é o que vai da primeira infância até aproximadamente 25 anos no homem e 19 na mulher. Embora esse processo dure a vida inteira, a partir da idade adulta ele começa a ter menos intensidade.


Este desenvolvimento estabelece vínculos fortes entre o “eu” e os processos psíquicos até então inconscientes, e também os separa nitidamente do inconsciente. Deste modo emerge a consciência a partir do inconsciente, como uma ilha aflora sobre a superfície do mar (Idem, p.56).


Após a aquisição da consciência surge o período onde é preciso se diferenciar dos pais, ampliar horizontes, se relacionar com o mundo e lidar com os próprios desejos. Em nossa cultura o principal fator que favorecerá esse processo é a educação na escola. A formação da personalidade se dará a partir das preferências, compreensões, defesas, auto-percepção e conjuntos de vivências que proporcionarão um padrão mais ou menos previsível e duradouro de comportamento. A seguir veremos como a constituição da personalidade poderá ser moldada, sabotada ou incentivada a partir da relação do sujeito com os pais, a escola e mesmo, com as dificuldades e incompreensões que terá de enfrentar.
As Manifestações dos Conflitos, Medos e Fantasias Infantis – necessidade de entendimento – medo do desconhecido Desde as primeiras manifestações do pensar, antes mesmo do surgimento do ‘eu’, a criança inicia um trabalho de compreensão de si e do mundo. Ela pesquisa, tenta entender, faz perguntas, teme o desconhecido e cria teorias. Toda esta atividade está imersa na atmosfera psíquica dos pais, fato este que tende a facilitar ou dificultar o desenvolvimento da consciência trazendo conseqüências equivalentes.
As fantasias que as crianças constroem para lidar com seus medos, podem ser soluções pouco saudáveis que acabam por ficar, de qualquer maneira, habitando no psíquico da pessoa por toda a vida e promovendo interferências de cunho mais ou menos comprometedor conforme a influência nociva ou ajudadora que tenha recebido dos pais.
Um medo importante e de natureza bastante singular, é o medo do desconhecido, por exemplo: “De onde eu vim?”; “Por onde saem os bebês?”.
Esse incompreensível causa, nas crianças pequenas, angústias e inquietações que podem ser transformadas em fantasmas (as mais diversas fantasias apavorantes), até a manifestação de sintomas. A tentativa de solução dos enigmas através da criação de diversas teorias explicativas, por parte das crianças, às vezes confundem mais do que resolvem uma questão.
Jung percebeu que a atmosfera onde a criança tenta se desenvolver pode ser em muitos casos muito negativa por estar impregnada das demandas que a vida apresentou aos pais, as quais eles não realizaram, mas tentam impor essa realização aos filhos. São expectativas, idealizações, proibições, credos, segredos de família, posturas e preferências que deixam os pequenos cerceados na sua tarefa de começar a ser. No livro supra citado, Jung traz exemplos de como uma aura de cobrança e exigência implícita, não verbal, pode perturbar seriamente o desenvolvimento da personalidade infantil.
Numa dessas conferências publicadas em “O Desenvolvimento da Personalidade” destaca-se, pela clareza de abordagem, o caso de Aninha no qual Jung delinea todo o tormento da menina (três a quatro anos) em suas tentativas de desvendar os enigmas que a perturbam. A pequena inquieta-se por saber de onde vêm os bebês por onde eles saem, por onde entram, qual a participação do pai na formação do bebê, e tenta esquivar-se de fazer perguntas que considera proibidas (por exemplo, o lugar onde saem as fezes já lhe causou aborrecimentos com os pais de forma que fica mais segura se evitar essa hipótese). O caso de Aninha é exposto com riqueza de detalhes e apresenta o percurso do raciocínio da menina, com suas frustrações ante respostas que falam de anjos ou cegonhas (pois nessa hora entende que seus pais estão lhe negando o conhecimento). Aninha, então, pensa que a verdade deve ser algo terrível, sobre o qual as pessoas não devem falar. Seu medo aumenta, tem sonhos e sofre o tempo todo em busca de uma solução. Esse caso tem um final feliz porque o pai acaba por conversar com ela e explicar-lhe a verdade. Usando a teoria da semente e do jardineiro proporcionou grande alívio para a menina que se sentiu amparada e digna da confiança do pai, ao tomar posse da “verdade”.
Para Jung,


“As teorias erradas, postas em lugar das verdadeiras, costumam perdurar por anos a fio, até que, a partir de fora, surja bruscamente um esclarecimento. Não é, pois, de admirar que tais teorias, que pais e educadores ajudaram a desenvolver, venham mais tarde a constituir-se em poderoso determinantes de sintomas na neurose ou mesmo de delírios na psicose. O que há muitos anos atrás já existiu na alma, continua de qualquer modo a existir nela, ainda que oculto sob compensações que pareçam ser de natureza completamente diferente (Idem, p.24)”

Mas, infelizmente muitas histórias não têm um final tão feliz. Um cuidado especial deve ser dado à “educação mental”, procurando poupar as crianças das personagens fantásticas que não resolvem as angústias e ainda se tornam habitantes da psique disputando espaço com criações e urbanizações que poderiam ser mais saudáveis e produtivas para o desenvolvimento da criança.
Como os Pais ou até as Gerações Precedentes Interferem nos Processos PsíquicosA “vida não vivida” pelos pais ou mesmo antepassados é, para Jung,

“o fator que atua psiquicamente de um modo mais intenso sobre a criança [...] essa parte da vida a que nos referimos seria aquela que os pais poderiam ter vivido se não a tivessem ocultado mediante subterfúgios mais ou menos gastos. Trata-se, pois, de uma parte da vida que – numa expressão inequívoca – foi abafada talvez com uma mentira piedosa. É isto que abriga os germes mais virulentos”. (Idem, p. 47)

Alguns casos acompanhados de perto por Jung mostram-se como ilustrações muito significativas dessas conclusões onde uma vivência negligenciada fica como que a ser cobrada pela vida, como se alguém tivesse devendo e o credor está à espera da realização. Jung aponta esses casos mais como “exigências de uma ética com a vida” do que propriamente compromissos com o grupo social.

“não há nada que influa mais nos filhos do que esse fundo de coisas ocultas e jamais reveladas. Fatos como esses têm efeito altamente contagioso sobra a atitude dos filhos” (Idem p. 83)

Claro que essa não é uma regra geral, nem a única causa a ser atribuída aos distúrbios psíquicos que acometem as crianças. Dentre outros motivos, pode estar a herança genética e também não se pode negar que a disposição específica de cada indivíduo vai desempenhar o papel principal, pois veremos, entre os filhos de uma mesma família, reações diferentes em relação à identificação com o inconsciente dos pais.
Para Jung, os pais e, principalmente, os educadores devem estar tão orientados quanto às diferentes patologias com que poderão ter de lidar como também com a etiologia do comportamento e desenvolvimento considerados “normais”, pois essa habilidade os capacitará a fazer a leitura do diferencial em cada caso.
Não apenas a psiquiatria, mas também a educação deve ocupar-se das diversas formas e fases do desenvolvimento infantil, inteirando-se das manifestações patológicas, como das características mais esperadas, consideradas “normais” pelo grupo social. Isso porque sua capacitação certamente servirá para intervir de forma mais benéfica e proveitosa no desenvolvimento dos pequenos, contribuindo com o melhor de sua sinceridade e respeito às necessidades que cada um lhe apresentará.
Para Jung só se pode lidar com as questões da alma pisando no chão que lhe é próprio e aqui entram em cena a sinceridade e a ética que não devem, necessariamente, obediência à moral social. As dúvidas que também acometem os adultos não serão ocultadas da criança a preços módicos; e no final, sempre teremos as conseqüências!
Vimos, então, que o medo é uma é uma emoção bastante primitiva, que se apresenta logo nas primeiras manifestações da vida. Sua função principal parece ser a defesa dos conteúdos que vão se tornando subjetivos ou individualizados. Isso se relaciona com a necessidade de defesa do território consciente, quando a constituição deste ainda é insipiente.
Espera-se que ao longo do crescimento físico, psíquico e espiritual, se verifique uma, cada vez maior, consciência de si que seja, suficientemente, autônoma, ainda permeável, para que a aquisição de novos conteúdos nunca tenha fim.
Se, entretanto o medo supera a própria função e passa a ser o personagem principal no processo, então temos “o carro adiante dos bois”, pois pouca utilidade ele terá, fazendo o serviço contrário, acuando cada vez mais o indivíduo longe dos universos objetivo e introspectivo a serem explorados.
Nesse contexto, a influência dos pais e educadores é de suma importância, pois a consciência ainda frágil será facilmente moldada pelas interferências provenientes dos adultos aos quais a criança está submetida.
Ela lhes deve a sobrevivência, eles são seu referencial de proteção, alimento e amor. Sua devoção é muito grande e por isso mesmo deve ser compreendida, respeitada e conduzida com comedimento. Os exageros e abusos, assim como as omissões, não passarão imunes, mas criarão marcas profundas na formação dessa personalidade.
A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés, em seu livro Mulheres que correm com os lobos, conta a história de uma jovem que varria o quintal atrás da casa enquanto seus pais muito pobres conversavam com um homem estranho (o diabo disfarçado) exatamente sobre sua vida de penúria. O homem promete aos pais toda riqueza do mundo em troca do “que está atrás da casa”. O pai pensa: “é apenas a nossa velha macieira” e fecham o negócio. Depois de descobrirem o logro choram muito, mas o diabo veio buscar o que lhe pertencia. A jovem só poderia ser levada se ficasse muito suja e assim foi feito. Mas por causa das lágrimas da menina suas mãos ficaram muito limpas e tiveram que ser cortadas. Afinal o diabo não conseguiu levá-la e apesar de toda a riqueza dos pais ela preferiu ser mendiga. A história é grande, e chega um dia após muita perambulação que ela se casa com um rei tem um filho e suas mãos crescem; mas fico pensando no que representam os pais e as mãos, nesta história.
A pobreza em que viviam, se tornou uma herança incontestável que a menina teve diante de si como seu maior desafio de vida. A perda das mãos, que foram cortadas pelo pai, fala da supremacia paterna que deixa a jovem numa situação passiva. Sua única reação é chorar. Não se percebe em condições de tomar para si os conteúdos de vida que por ventura julgue necessários ou desejáveis.
Ela está de “mão atadas”. A perda das mãos também é a perda da casa, da família. Na história a jovem inicia uma jornada árdua em direção à conquista de sua própria casa, família, vida.

“Acabou-se a vida como a conhecíamos. [...] Não podemos mais confiar na cultura paterna dominante. [...] é uma época em que tudo que valorizamos perde sua graça [...] quando a mulher sente ter perdido o contato, ter perdido o seu jeito habitual de lidar com o mundo[...] o corpo psíquico perdeu suas mãos mas o resto da psique irá compensar essa perda [...] (Estés, C. P., 1994 p.506)”

A caminhada que a jovem empreende não deixa de levá-la ao seu lugar de felicidade e realização no mundo, mas o percurso teve um peso bastante traumático devido ao legado paterno que, em nenhum momento, abriu mão de suas prioridades em favor da filha. Eles pediram uma riqueza externa, que não lhes custasse, envolvimento, exposição, sinceridade; receberam o que pediram, mas alguém tinha que pagar a conta.
Claro que nossos pais nos transmitem coisas boas, são a razão da nossa existência e sobrevivência, são a fonte de nossos valores e fomentadores da nossa capacidade desejante, mas não devemos esquecer (enquanto filhos ou no lugar de pais) o potencial riquíssimo que têm de endossar nossa saúde mental.

A Metáfora do Jardim


Tempestade, ventos fortes, frio, muita água. Alguns seres do jardim foram levados. Agora já não se pode vê-los.
Falta, frio.
Presença virou ausência.
O aguaceiro destruiu algumas plantas, algumas flores se despedaçaram. Alguns ramos ficaram colados à terra com a face em lama.
Medo, lágrima.
Amanhã, o sol virá. Outros enxertos, brotos. Regas e adubação cuidadosas terão de ser pacientemente repetidas. Novas florações trarão alegria ao que esteve tão danificado. A vida é movimento, reparação, substituição, devastação, recuperação...

Qual o melhor caminho a seguir?

Muitos caminhos nos levam ao encontro de nossas emoções e decisões. Atravessar esses caminhos com autonomia e honestidade íntima pode favorecer uma atuação saudável e criativa no mundo.

Porque sentimos tantos medos, angústias, neuroses?


Muitas intervenções do dia a dia das nossas relações na cultura, na família, no lazer ou no trabalho, nos empurram para um comportamento adaptado que invariavelmente rouba um pouco dos nossos verdadeiros interesses em nome de uma certa conveniência e aceitação social.
Isso tende a favorecer o surgimento de uma persona cada vez mais ajustada em detrimento da manifestação singular do sujeito criativo que deveria habitar cada um de nós.
Para que as coisas, levadas a esse termo, parem de funcionar tão bem é só uma questão de tempo.
É aí que entram os sintomas, trazendo uma gama de mensagens sob as formas mais variadas como depressão, estresse, fobias, medos, ansiedades, pânico, toc, angústias, obesidade, impotência sexual, enfim, grande número de neuroses.
Nesse ponto, uma valiosa investigação e reflexão podem trazer algumas coisas para os lugares de onde nunca deveriam ter saído ou, ao contrário, levar coisas que já deveriam ter ido há muito tempo, ao seu irresistível, inegável, lugar...
Para isso, contar com ajuda profissional na hora de fazer tais ajustes é uma decisão pelo menos honesta; uma vez que não podemos ser ao mesmo tempo observador e observado, fica difícil conduzir sozinho as decisões quando estão em jogo as razões de nossa alma.
O pensador Carl G Jung ensina que o objetivo de uma neurose é, em última instância, recuperar o movimento da vida que em algum lugar foi represado, proibido, tolhido.

A Saúde do Corpo pode ser a Saúde da Alma



Nosso corpo, emoções e relacionamentos estão interligados formando um sistema biopsicosocial, onde os fatores biológicos, influências culturais e a experiência emocional, interagem, se confundem e complementam.

O corpo é o cartão de visita, o que aparece para o outro. É a imagem com a qual o indivíduo pode se relacionar, mostrando o caráter mais conveniente, que lhe proporciona ser aceito, fazer parte do grupo social.

O equivalente psicológico dessa imagem é uma personagem pública experimentada pelo sujeito e que muito comumente se identifica com o ‘eu’. Essa face da personalidade foi denominada Persona pelo Psiquiatra e Psicólogo suíço criador da Psicologia Analítica – Jung, Carl Gustav. A Persona é a “máscara” usada pelo indivíduo em resposta às convenções e demandas sociais. É comum o ego se identificar com a persona em detrimento de sentimentos e aspirações genuínas.

Usado como um depositário de expectativas e tensões nosso corpo se contrai, distende, adoece, engorda, sua, sofre, sente nossas dores e prazeres.

Numa perspectiva holística, já é bastante comum pensar que os conflitos e transtornos psíquicos podem levar ao adoecimento do corpo. Entretanto esta é uma via de mão dupla e devemos pensar que o caminho oposto também é verdadeiro, ou seja, os cuidados com a saúde física vão invariavelmente refletir numa boa saúde mental.

O conceito de qualidade de vida vem frisar que o “bem-estar-consigo” é um referencial de saúde que passa por uma cuidadosa atenção ao corpo. Pele bem cuidada, sorriso saudável, alimentação balanceada, praticar exercícios físicos e sexo, são exemplos que estão em alta quando o objetivo é a paz consigo mesmo.

Portanto, se o corpo está bem, temos um bom motivo para perceber que há saúde e que sua presença só pode trazer alegria e otimismo, influenciando e potencializando outras áreas que, porventura, estivessem precisando de um incentivo para viver mais intensamente!